sábado, 29 de dezembro de 2012

Se perguntarem por mim...

... digam que fui de férias!


Até lá, estarei incontactável q.b., mas vou tentando dar notícias.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Igualdade


Diz-se que uma imagem vale mais do que mil palavras. Esta faz bem jus a essa ideia.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Boas festas a todos!


Cá de casa desejamos Boas Festas a todos!


Finalmente é Natal! Enfeites e luzes (e a menina Havana deixou definitivamente de destruir árvores de Natal), doces e tentações por todo lado, e claro, as maravilhosas trocas de prendas que vão acontecendo por aqui e por ali.

Sim, o Natal é uma gigante troca de prendas, e então? Eu, cá por mim, gosto e não é pouco! De receber, sim, mas muito de dar, de programar, de pensar o que é que cada um da minha lista (48, sim, 48!) vai gostar, começar a comprar e a fazer prendas em Junho.
Para mim isso é que é Natal. Isso e empanturrar-me em sonhos (infelizmente este ano não vai dar, mas enfim, há males que vêm por bem, a linha agradece).

Para os que gostam e os que não gostam, para os que veem o Natal de outras formas diferentes, desejo-vos boas festas. Cuidado com os excessos para evitar males maiores e aproveitem a quadra como vos der mais satisfação.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

20 Anos de Resistência


É hoje!!!
21 horas, no Campo Pequeno, recordar as músicas que marcaram a minha infância e adolescência, e que continuam tão presentes e atuais.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Tentações

Com as tentações de Natal por todos os lados,





é preciso preserverança e força de vontade. E toda a ajuda possível,



O melhor mesmo é dedicarmo-nos ao artesanato e às decorações de Natal:



FONTES: Imagens e artigo com links diretos

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Sobre o fim do mundo

Não costumo transcrever artigos inteiros, mas este pareceu-me bastante interessante. Para os que andam preocupados com o fim do mundo.


O mundo vai mesmo acabar. Mas não é hoje... nem no dia 21


Profecias à parte, um dia, o mundo vai mesmo acabar. O fim pode vir do espaço, da própria Terra ou até ser causado pelo Homem. Conheça os cenários científicos


Sara Sá (texto publicado na VISÃO 1032, de 6 de dezembro)

Desde o seu aparecimento, há 3,5 mil milhões de anos, a vida na Terra tem sido sucessivamente ameaçada. Nos períodos de extinção em massa, ainda não se sabe bem porquê, desapareceram mais de 75% das espécies que viviam no nosso Planeta. Os dinossauros são apenas as vítimas mais famosas desses períodos em que a Terra se tornou num lugar estranho à vida. Conheça algumas previsões dos cientistas para o fim deste sítio a que chamamos casa.

Impacto de um asteroide:

Há 65 milhões de anos, um asteroide de 10 km de diâmetro atingiu a Terra, perto do Novo México, e acabou com os dinossauros e com mais de metade das espécies que habitavam a Terra. Monica Grady, cientista britânica, especialista em meteoritos, estima que a Terra é atingida por um objeto espacial com mais de seis quilómetros de diâmetro a cada cem milhões de anos. Isto seria suficiente para causar terramotos, tsunamis, escurecer o céu e tornar o planeta num local inóspito e pouco recomendável. Neste momento, os astrónomos vigiam 1 200 objetos celestes, com um risco potencial de atingir a Terra.

Erupção vulcânica:

A caldeira de Yellowstone, o mais antigo Parque Natural americano, tem sido palco de violentíssimas erupções vulcânicas - cada uma mil vezes mais intensa do que o vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial. Nos últimos 2,1 milhões de anos aconteceu três vezes. O último supervulcão explodiu há 640 mil anos, criando a deslumbrante paisagem que atrai milhares de turistas, todos os anos. Pequenas erupções têm continuado a acontecer, desde então. Não se sabe quando voltará a dar-se uma nova mega explosão, que além de poder destruir o continente americano, deixará o ar irrespirável, devido às cinzas, o sol encoberto e os dias transformados num longo inverno vulcânico.

O fim do Sol:

Investigação recente prevê que a Terra venha a ser engolida pelo Sol. Mas, antes disso, a vida na Terra já se terá tornado insustentável, uma vez que, no seu ciclo de vida de gigante vermelho, o Sol ter-se-á tornado demasiado quente, fervendo toda a água do Planeta, que se escapará para o Espaço. Este fim está previsto para daqui a mil milhões de anos.

Choque galáctico:

Dados do Telescópio Espacial Hubble permitiram confirmar que a nossa galáxia vai mesmo colidir com a galáxia Andrómeda. O choque está previsto para dentro de 4 mil milhões de anos. O que acontecerá ao Sistema Solar e à Terra em particular ainda é uma incógnita. Mas, nesta altura, tal não será muito relevante, uma vez que a vida na Terra já terá desaparecido por causa do aumento da temperatura causada pelo sobreaquecimento do Sol.

A epidemia incontrolável:

A gripe das aves, a dos porcos, ou a pneumonia atípica foram uma pequena amostra do que uma epidemia mortal e sem tratamento pode fazer da vida humana. Num mundo globalizado, com viagens intercontinentais à velocidade do som e em que o problema da resistência aos antibióticos preocupa cada vez mais os médicos, não está descartada a hipótese de uma epidemia vir a dizimar a nossa espécie.

O Homem:

Ataques com antrax, armas biológicas ou bombas nucleares (as bombas de hidrogénio atuais são 4 400 vezes mais potentes que a de Hiroshima) são apenas algumas da ameaças terroristas, bem reais, nos nossos dias. Sem esquecer a poluição e as alterações climáticas com todo o impacto que podem ter no equilíbrio dos ecossistemas. É caso para dizer que o maior inimigo da vida na Terra pode ser o próprio Homem.

FONTE

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Aristides de Sousa Mendes - O Cônsul de Bordéus


Tenho deixado alguns filmes sem o seu devido lugar de destaque aqui no meu blog. Falta-me o tempo livre para escrever, e depois passa uma semana e já acho que não vale a pena.

Mas este não pode mesmo ficar sem referência.

O Cônsul de Bordéus é um filme sobre Aristides de Sousa Mendes, o herói português que salvou milhares de judeus durante a segunda guerra mundial através do seu cargo diplomático, mas que, infelizmente, é ainda tão desconhecido entre a maioria dos seus compatriotas.

O filme, de João Corrêa e Francisco Manso, conta com um elenco de luxo (Vítor Norte no papel principal, Carlos Paulo como o rabino, Leonor Seixas, Laura Soveral, Pedro Cunha, Joaquim Nicolau, São José Correia, Manuel de Blas e Miguel Borines) e uma banda sonora impressionante para contar a história do cônsul. Em plena guerra, com claras instruções do governo português para selecionar os merecedores de visto para entrar em Portugal, com ordens expressas para não passar vistos a judeus, e perante o desespero dos refugiados e perseguidos, Aristides de sousa Mendes fez-se valer da sua posição e do poder que o cargo lhe conferia para autorizar a entrada de milhares de judeus em Portugal. Trinta mil visto, mais precisamente, dos quais cerca de dez mil judeus.

Foi em 1940 que, aconselhado pelo Rabino Jacob Kruger, decidiu desobedecer à famosa circular 14, de Salazar, e conceder os vistos que viriam a ser a única salvação para milhares de pessoas. O filme retrata ainda a determinação do homem que, depois de afastado do cargo por não cumprir ordens superiores, conduz ele próprio uma coluna de carros com refugiados, conseguindo que estes atravessem a fronteira com Espanha, valendo-se da falta de comunicação a que um dos postos fronteiriços se encontrava remetido.
A história, como qualquer biografia ou relato de acontecimento histórico que se preze, é conduzida através da história pessoal de uma família (suponho que fictícia), no fundo um dos muitos exemplos das histórias reais que se cruzaram com a história do cônsul. Bonita e que emociona.

O filme relata ainda o facto de ter sido afastado do cargo, mas não as penalizações e todas as represálias que o governo lhe impôs. Nem que foi a comunidade judaica em Lisboa que o ajudou a ele e à sua numerosa família, nem que a hipocrisia do Estado Novo chegou ao ponto de lhe reconhecer os feitos finda a guerra, sem nunca porém o readmitir no corpo diplomático. Relembra-nos apenas de que morreu na miséria em 1954.
Aristide de Sousa Mendes, um homem de origem nobre, de fortes valores familiares (teve 14 filhos), viu a sua carreira diplomática ser reconhecida mais no estrangeiro que em Portugal mesmo antes da guerra, recebendo distinções oficiais belgas enquanto diplomata lá. Muitos foram os reconhecimentos e homenagens que recebeu lá fora após a guerra, mas só em 1986 o Estado português reabilitou o diplomata e pediu desculpas formais à sua família.

Era um filme mais que necessário, uma merecida e justa homenagem a Aristides de Sousa Mendes, e acima de tudo, a divulgação da vida de um herói esquecido e ostracizado. Mas para além disso, mais uma execelente obra do cinema português, um filme bomn que recomendo. Como sempre, no IMDB está com uma classificação de 6,7/10, e fica o trailer para vos aguçar a curiosidade:



Para mais informações sobre Aristides de Sousa Mendes.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Conhecem este anúncio?


Não é a primeira vez que a gigante sueca faz anúncios com animais de estimação. Este é daqueles que me transmite uma mensagem tão aconchegante, que só me apetece ir à rua buscar todos os cães que dormem ao frio e à chuva. E a verdade é que eles se dedicam a nós como muitas pessoas nunca o saberão fazer.

Aproveitando o anúncio, aproveitando que falamos de quem vê a mesa noutro ângulo até ocupar a sua cadeira, aqui fica mais um apelo a não abandonarem os animais (procurem primeiro ajuda junto de outras pessoas ou associações que os possam acolher) e, principalmente, a ponderarem bem na hora de adotarem (ou comprarem) um. São seres vivos que precisam de cuidados, mas também de carinho, que no dia em que são postos na rua lhes custa mais a solidão ou as saudades do que a fome ou o frio.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

No dia da aprovação...

... do pior orçamento de sempre, cito o meu camarada Miguel Tiago:

PSD e CDS aplaudem de pé. Não escondem o gozo que lhes dá aprovar este orçamento de roubo e miséria.

O bom caminho


domingo, 25 de novembro de 2012

Ainda há dias bons

Há dias bons e dias maus. Isso é um facto!

É certo que olhando há volta as desgraças multiplicam-se: todos os dias lá ouvimos uma notícia que nos deixa mais triste. Um governo que só nos prejudica (a não ser que haja algum amigo a ler este blog) e que dia após dia anuncia medidas que vão piorar a nossa qualidade de vida e que comprometem o nosso futuro. Ou as imagens de um povo vilmente atacado, crianças, idosos, homens e mulheres em geral mortos de forma absolutamente cruel.

Sim, aparentemente o mundo não nos sorri lá muito.

Mas depois há aquelas pequenas coisas do dia-a-dia, do nosso dia-a-dia, que nos dão uma satisfação tão grande, que nos fazem tão felizes, que lá se vai a Troika, o Coelho, o Gaspar e Israel à vida.

Seja aquela atividade no trabalho que é bem sucedida ou a expectativa de uma nova pela frente.

Sejam as iniciativas de sexta-feira à noite e de sábado, que a muitos poderia parecer um sacrifício, mas que nos mostram que o nosso trabalho é útil à comunidade, que ajudamos a viabilizar projetos que não só nos enchem de orgulho, como efetivamente contribuem para um mundo melhor e mais desenvolvido.

Seja aquele projeto pessoal, que queríamos muito realizar, e que no meio de todas as adversidades conseguimos levar a cabo.

Seja pelo carinho das pessoas que nos apoiam, que nos ajudam mesmo quando não pedimos, das que gostam de nós e que a cada dia agradecemos por fazerem parte da nossa vida.

Seja por aquelas coisas aparentemente insignificantes que sabem melhor que o euromilhões: a música certa na rádio, a boleia quando mais se precisa, uma gata a ronronar enroscada no nosso colo, o beijo que nos faz sonhar ou o almoço que saiu excecionalmente bom.

Sim, há uma lista de coisas que gostava de ter e fazer (há mesmo) e que não vai ser possível. Sim, há uma série de passos que gostava de dar na minha vida e que vão ter que esperar por dias melhores. Era melhor que tudo não precisasse de acontecer à custa de uma intensa luta. Mas, tanto nas pequenas como nas grandes coisas, não é desanimando nem voltando as costas que o novelo se desenrola.

Claro, eu sei, que esta não é conversa de quem equaciona se vai haver jantar na mesa amanhã. Não é. E não é conversa de quem está a ouvir bombas a cair lá fora. Também não! Mas deixem-me lá aproveitar e partilhar as coisas que me fazem, num domingo à noite, dar por concluída esta semana, apesar de longa e cheia de tumultos, e ir dormir de sorriso rasgado, ansiosa pelos dias que aí vêm.

Uma ótima semana para todos!


Imagem com link direto para a fonte.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Wreck-it Ralph



Já não ia há algum tempo ao cinema (embora tenham ficado um ou dois filmes por analisar por aqui), mas o de ontem não podia ficar sem análise.

Força Ralph, como foi batizado por este cantinho há beira mar plantado, fala do universo das máquinas de arcada, das suas personagens que, numa ótica muito Toy Story, vivem as suas próprias vidas depois de fechadas as portas do salão de jogos.
E se o Ryu e o Ken podem ir beber uns copos depois de passarem o dia inteiro à tareia um com o outro, o pobre do Ralph, que é o vilão do seu jogo, não se podia sentir pior ao ter que voltar a cada noite para a pilha de tijolos em que vive, enquanto todos os seus vizinhos vivem refastelados na cobertura. A partir daqui é tudo bom!

Uma estação central que une todos os mundos (ou uma ficha múltipla que liga todas as máquinas), personagens que se encontram para conviver, personagens que se encontram para desabafar, personagens sem-abrigo porque as suas máquinas foram levadas, o Sonic a dar instruções de segurança, mauzões, bonzinhos, personagens ludibriadas por vilões disfarçados (que bela fotografia dos dias de hoje). Neste filme há de tudo. E a lista dos jogos que marcaram as nossas infâncias e adolescências é tão grande, que só por isso é impossível não adorar.
E há ainda aquela bonita lição de amizade e dedicação, de esforço e perseverança, e de recompensa. Enfim, tudo está bem quando acaba em bem.

É uma película para toda a família, embora como em tantos outros filmes de animação, acho que os miúdos nunca conseguem aproveitar o filme ao máximo. Uma boa parte é feita para os cotas, deliciados com os heróis dos anos 80 e 90.

Vale mesmo a pena verem este filme, para mim já está no top das minhas animações favoritas. A única coisa que tenho a apontar é o facto de não estar disponível no cinema a versão original. Gosto muito das versões portuguesas, esta é mais uma muito boa, mas não nos darem a oportunidade de escolher que versão queremos ver no cinema, já acho um bocadinho demais. No IMDb está com 8,4/10, e aqui fica o trailer:

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Christmas Markets in Europe

Recebo diariamente dezenas de e-mail publicitários. Não os cancelo porque gosto de ver as novidades, mesmo sabendo que não vou comprar nada (e quem sabe, foi assim que comprei bilhetes para o La Féria com 50% de desconto).

Hoje de manhã recebi um e-mail cujo assunto era "Christmas Markets in Europe". Imediatamente viajei para Viena onde, acho que há 11 anos, vi pela primeira vez uma feira de Natal. Já vi outras, mais pequenas, menos tradicionais, enfim, nada como aquela.

Feira de Natal em Frankfurt

Assim, e mesmo sabendo que nem todos poderão usufruir da recomendação que deixo hoje (eu também não, pelo menos este ano), deixo aqui algumas dicas sobre as tradicionais feiras de Natal pela Europa. É sem dúvida uma coisa típica do centro e norte da Europa, de quem tem neve nas festas, e o paraíso para quem chega a novembro e já não pensa em mais nada a não ser encher a casa de enfeites.

O mail (que veio de um site para reserva de hotéis e hostels) destacava três possíveis circuitos:

Alemanha, Áustria, Suiça e Dinamarca

«Escolha ou não celebrar um Natal tradicional, vale a pena visitar a Europa Central nesta época do ano. Desfrute dos encantos que nos oferecem as grandes cidades durante todo o ano, assim como a iluminação das ruas, as luxuosas montras com as prendas mais originais, feiras natalícias tradicionais como as mais de 50 feiras de Berlim, o Mercado Natalício Histórico de Hamburgo, as feiras da cidade velha de Basileia ou o situado nos Jardins do Tivoli, em Copenhaga.»

França e Bélgica

«Os mercados de Natal em França ou em Bruxelas, Marché de Noël, são a desculpa perfeita para desfrutar de um merecido descanso num ambiente idílico. Não perca a feira de Natal da cidade medieval de Bruges, o mercado de Bruxelas, o popular Winter Wonderland no qual há, inclusivamente, um ringue de patinagem. E, já em França, o mercado de Estrasburgo, considerado como o mais importante do país e que se celebra desde o século XVI, ou o de Toulouse, entre outros.»

Polónia, Estónia e República Checa

«Uma das tradições mais enraizadas em muitas cidades da Europa são os Mercados de Natal. Visitá-los é conhecer a essência da tradição natalícia a partir das suas origens. Não perca os mercados de natal espalhados pelas ruas mais pitorescas de Praga, a famosa feira de Cracóvia, situada na maior praça medieval da Europa ou o tradicional mercado medieval da Praça do Município de Talin.»

Feira de Natal em Viena

Uma cidade, um circuito ou todas, este ano ou num que dê mais jeito, fica a dica para quem gosta de enfeites, luzes, música de Natal, bebidas quentes e comidas típicas. Se tiverem interesse em saber mais, ou ver as promoções que eles apresentam (não tenho comissão, é só sugestão) fica aqui o link. De qualquer forma, qualquer pesquisa simples pela internet vos dará muita informação sobre o assunto.


Fonte: Textos assinalados («»); fotos com link direto.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Uma noite em casa de Amália



Quantos de nós não gostaríamos de ter passado uma noite em casa de Amália, em particular aquela noite em que juntou vários amigos para gravar um disco com Vinicius de Moraes?

La Féria quis dar-nos esse prazer e levou a cena, no Teatro Politeama, o que terá sido a noite em que Amália, Vinicius de Moraes, Ary dos Santos, Natália Correia, Maluda, David Mourão-Ferreira, Alain Oulman e os seus músicos, sem esquecer a sua secretária, o engenheiro de som da Valentim de Carvalho e o soldado que se quis despedir da D. Amália antes de partir para Angola, se juntaram em convívio e trabalho.

O resultado não poderia ter sido melhor.

Com um elenco de luxo, o que assistimos durante aproximadamente 2 horas é ao convívio entre amigos, cantorias, declamação de poesia, copos e caldo verde, mas também partilha de preocupações e revoltas contra um regime opressor.

À música, muito pouco a acrescentar. São os fados da Amália, dispensam apresentações, na voz maravilhosa da Vanessa Silva, que nos oferece uma Amália que reconhecemos pelos trajeitos e expressões.
Aliás, como quase todos os outros. Não precisariam de nos dizer que todos saberíamos que ali estava Ary dos Santos.

Enfim, e como a vida é feita de pormenores, não é menos importante ter visto o próprio La Féria a vender programas à entrada, ou termos assistido ao espetáculo número 100, devidamente assinalado no final pelo diretor.

Um espetáculo a não perder!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Nine

Acabei de ver o filme Nine, de Rob Marshall, o realizador de Chicago. É um filme de 2009 (obrigada ao Márcio por me ter emprestado o DVD), um musical sobre a vida dum realizador italiano às voltas com o guião que (supostamente) está a escrever. A inspiração que não chega, as musas que a deviam trazer, o drama de não conseguir chegar à página um...

Não entrou para a categoria de filme favorito, mas é inegável que tem um elenco de estrelas, mulheres bonitas e cheias de talento, tudo embrulhado no tom musical de ora agora é verdade, ora agora estás dentro da minha cabeça, que sabe sempre bem. Mas, sem conseguir dizer o quê, faltou-lhe... qualquer coisa.

Para meu grande infortúnio, não conseguirei hoje dormir sem ter esta música a ressoar na cabeça (culpa, diga-se, das milhares de vezes seguidas que a ouvi em publicidade no Youtube, e eventualmente por ser das primeiras e últimas do filme).

Não é um filme novo, por isso em vez do trailer fica a música do dia:


Ah, está com 5,8/10 no IMDb.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

7 días en La Habana

- 7 dias em Havana para dois, por favor.
- São 9 euros.

Bem que queria que este diálogo tivesse acontecido numa agência de viagens, mas infelizmente foi apenas na bilheteira de cinema.


Nem sei bem o que escrever sobre este filme. Tem imagens bonitas, música cubana com fartura, mas também um non sense que às vezes roça o avassalador. Mas comecemos pelo conceito.

O filme é composto por 7 episódios, cada um deles acontece num dia da semana, e cada um segue a vida de uma personagem diferente: o americano que vai para Cuba estudar teatro, o Emir Kusturika que vai a Cuba receber um prémio, a cantora de bar que recebe uma proposta para ir para Espanha, o palestiniano que espera ser recebido, a menina que se envolve com outra menina, a médica que faz doces para fora, a devota a quem a santa pediu uma festa. Sete histórias, sete realizadores (Benicio del Toro, Pablo Trapero, Julio Medem, Elia Suleiman, Gaspar Noé, Juan Carlos Tabio e Laurent Catet), que se ligam de forma subtil, personagens ou lugares partilhados, com o objetivo de mostrar a Havana longe do habitual turístico.

Ainda assim, e não conhecendo Havana, achei que eventualmente foi retratada uma Havana menos atual, um pouco cliché, com costumes e crenças que talvez já não estejam tão presentes no quotidiano dos seus habitantes. Saí da sala com a sensação de que tinha gostado, mas nem sei bem dizer porquê. A verdade é que às vezes é tão estranho que apetece dizer que não se gosta. Mas depois, seja porque a história do palestiniano nos faz rir do início ao fim, a maluqueira dos vizinhos a construir a festa para a santa também, ou porque a história da suposta homossexualidade da menina que é curada com rezas e rituais ancestrais nos arrepia, a verdade é que no final tudo parece ser muito harmónico. Amizade, amor, sonhos, família, devoção, ou apenas uma bolha enorme, há de tudo neste filme.

Não digo para o considerarem prioritário na vossa lista de filmes a ver, mas se tiverem oportunidade deem-lhe uma oportunidade.
Tem uma nota de 5,5/10 no IMDb, e como sempre, fica o trailer:

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Hoje é para pensar

Tanto que nos queixamos dos nossos problemas, do que nos preocupa, que às vezes é preciso parar para pensar, respirar fundo, e olhar com alguma distância para essas coisas.

A reportagem abaixo (sim, é longa, mas vale a pena) ajuda a isso mesmo. Duas irmãs de 16 anos, que desde sempre partilham pernas, braços e tronco. Parece uma pessoa com duas cabeças, mas depressa vão perceber que se tratam de duas pessoas com apenas um corpo. As imagens seguintes são uma impressionante prova de resistência, de luta e de dedicação à vida.

Apresento-vos Abigail e Britanny Hensel.


E já agora fica aqui uma notícia mais recente. Há vídeos no Youtube delas já com 22 anos.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Mosteiro de São Vicente de Fora



Quatro euros é o que nos separa de conhecer mais esta relíquia do coração de Lisboa. Muitos nunca terão ouvido falar, outros tantos não fazem ideia de onde é. Mas o certo é que passeando por Lisboa, se encontram muitos tesouros escondidos. E foi assim que, começando com a barriga (demasiado) cheia na rua da Madalena, passando pela Fundação Saramago que está fechada ao domingo, subindo por ruelas e escadinhas de Alfama, tudo se resumiu a “vamos descobrir aquela igreja que se vê ali ao fundo”.


View Larger Map

Ainda após uma passagem pelo Largo da Graça (ótimo para descansar as pernas e os olhos, já que a vista sobre Lisboa é linda), descendo a rua Voz do Operário lá demos com a dita igreja, que descobrimos ser a Igreja de São Vicente de Fora (embora hoje ache que o que andávamos à procura era da Igreja de Santa Engrácia). A igreja estava também fechada (senhores, Lisboa está cheia de turistas, não tenham os monumentos fechados ao fim-de-semana!), mas por uma porta lateral lá se vê a entrada do Mosteiro, um pequeno pátio que convida a uma pausa para leitura (afortunados os que por ali vivem). A entrada é paga, como disse, mas a verdade é que 4€ é um preço bastante acessível (ainda com os descontos normais, que não incluem estudantes de 27 anos, ainda que se pensarmos bem, eu cá pago as mesma propinas que os mais novos).

A visita ao interior não podia ser uma surpresa maior: para além do interior cheio de pormenores – azulejos, paredes com desenhos em mármore, tetos decorados, quadros – existem ainda uma série de exposições que compõem o ramalhete.

Uma exposição que traça a linha histórica dos sucessivos cardeais patriarcas de Lisboa, em paralelo com diversos factos históricos, com os reis, depois com os presidentes da república eleitos e com os papas. A acompanhar a exposição uma série de artefactos relacionados com os cardeais patriarcas, desde roupas a pratas, pinturas, entre outros.

Outro ponto de visita do Mosteiro é o panteão dos Bragança – sim, restos mortais de reis, rainhas, príncipes e princesas, entre os quais a minha favorita de todos os tempos, a (maluca da) D. Carlota Joaquina. Quando entrarem não se assustem com a estátua de mármore que se encontra no interior, duma mulher de mãos no rosto a chorar junto dos túmulos do D. Carlos I e do seu filho D. Luís Filipe, que foram assassinados em 1908 no atentado republicano. Simboliza a tristeza do povo pelos seus mártires (tão tristes que nós ficámos, que dois anos estávamos a correr com o sucessor).

Por fim, no mosteiro podem também ver uma exposição sobre as Fábulas de La Fontaine, em painéis de azulejo acompanhados com a fábula respetiva. Muito gira, e sempre se aprendem umas coisas a ler fábulas (como por exemplo, se tiveres uma galinha que põe ovos de ouro não a mates, porque vais ficar sem os ovos e sem a galinha).

Ah, e há ainda uma exposição de búzios, conchas e outros bivalves. Ficarão impressionados com a quantidade e com o tamanho mínimo de algumas conchas.

A visita ao mosteiro inclui a cisterna, o claustro, altar ao Santo António, as torres da igreja (outra vista espetacular sobre Lisboa), para além de todos os aspetos que já mencionei antes. Se tiverem oportunidade é uma visita que vale bastante a pena.

E fazer de turista na nossa própria cidade é sempre tão interessante.

Links úteis:
IGESPAR
Wikipedia - Mosteiro
Wikipedia - Panteão dos Bragança

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Linhas de Wellington



Já há famílias a queixarem-se do quão abandonado anda este blog, por isso deixa cá aproveitar o recheado que este fim-de-semana foi de bons programas para o atualizar.

Sábado à noite foi dia de cinema e em português. Linhas de Wellington é um filme de Valeria Sarmiento, produzido por Paulo Branco, que retrata a história das invasões francesas, a resistência portuguesa e a aliança com os ingleses.
O filme, que conta com um elenco de luxo como Nuno Lopes, Adriano Luz, Gonçalo Waddington, Soraia Chaves, John Malkovich, Catherine Deneuve, Chiara Mastroianni (sim, estão a ler bem) entre tantos outros nomes, não podia ser mais típico português – que grande bolha!

Mas primeiro, o enredo. Mais uma daqueles passagens da história que começa cheio de boas intenções (os rapazes só queriam acabar com o poder absolutista monárquico na Europa) e acaba com um grupo de franceses a querer dominar o mundo. Correu-lhes mal porque somos muito teimosos, e podemos até não nos tratar bem uns aos outros mas não deixamos (não deixávamos!) que nos venham dominar, e correu-lhes mal porque tínhamos o exército inglês como aliado. E foi assim que se criaram as linhas de defesa de Lisboa, que impediriam os franceses de atingir a capital.
O filme, que começa com a nossa vitória na Serra do Buçaco e com a retirada estratégica rumo a Lisboa, relata não só a vida dos soldado, as suas dificuldades e dia-a-dia, mas também a vida dos tantos civis que se viram obrigados a fugir, dos que se viram obrigados a alinhar ao lado das tropas, dos que morreram por serem meros danos colaterais ou dos que foram abusados e humilhados quer por tropas inimigas quer por tropas aliadas.
No final, como é sabido, lá vai o General Massena rumo a casa e Portugal manteve-se dos portugueses, só para, muitos anos mais tarde, poder vir a Amália lembrar a Lisboa que não é francesa, que é portuguesa e que é só para nós (sim, aparte perfeitamente desnecessário).

Um filme com uma fotografia muito bonita, um som que quase faz esquecer que se trata de um filme português, mas como já tinha dito, com um encadeamento de cenas que nos deixa muitas vezes a pensar “e isto agora veio de onde?”. Faltou perceber muita coisa, principalmente quem eram aquelas pessoas a quem se deu tanto destaque mas que nunca se explica quem são. É um filme longo, e que visto com algum cansaço em cima pode tornar-se difícil de perceber.

Ainda assim, em especial para quem goste de filmes históricos, é um filme a não perder, mais uma passagem da nossa história que fica registada para a posteridade. Está com uma nota de 6,3/10 no IMDb, e aqui fica o trailer:

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Não há dúvida

Não há dúvida que este foi o melhor cartaz de sempre da Festa do Avante!


E este ano é a
7, 8 e 9 de Setembro
Atalaia | Amora | Seixal

Entrada Permanente 21€
(até dia 6 de Setembro)

domingo, 2 de setembro de 2012

Agora que já começaram os Jogos Paralímpicos

Recordo um artigo de 09 de Agosto de 2012, sobre os Jogos Olímpicos.

Pequim – Londres – Rio

Em 2008, enquanto decorriam os Jogos Olímpicos de Pequim, num artigo – «As medalhas» – publicado no Avante! chamava-se a atenção para a crucificação pública dos atletas portugueses pelos «fracos» resultados desportivos. Voltar ao tema tornou-se quase obrigatório.

Quer porque os resultados dos 77 atletas lusos nos JO de Londres não só mantêm o mesmo registo de então, como até se corre o risco de regressar sem qualquer medalha ao peito. Mas também porque nos principais media não há dia que passe sem que essa ausência seja assinalada.

Na verdade, os JO, com a sua dimensão universal e cada vez maior força mediática, trazem para a ribalta uma realidade quase clandestina. De repente, ouve-se falar de atletismo, ginástica, natação, alterofilismo, ténis de mesa e de um sem número de modalidades colectivas, que não apenas o futebol profissional. O País é sacudido com horas de imagens incrivelmente belas, onde atletas de todas as nações competem entre si. E havendo um natural questionamento sobre os «êxitos» e «fracassos» nacionais, em regra, as razões de fundo são ocultadas.

Daqui por quatro anos chegarão os JO do Rio de Janeiro. Até lá, se for por diante tudo quanto o Governo PSD/CDS tem em concretização, o filme a que a temos assistido tenderá a agravar-se. A base de massas de prática desportiva inspirada em Abril está em destruição; o número de atletas federados diminui; a construção e o investimento em equipamentos desportivos praticamente parou; a educação física está a ser retirada dos currículos escolares; o movimento associativo popular está em estrangulamento financeiro; agrava-se as situações de salários em atraso, de extinção de modalidades e de clubes em falência técnica; e até o número de equipas de futebol profissional está em recuo – só este ano saíram mais de 60 clubes das competições nacionais; etc. A prática desportiva é cada vez menos um direito e cada vez mais um serviço que se paga.

Poderá até aparecer esta ou aquela medalha no futuro, mas a verdade é que os tempos de retrocesso e declínio que estão a ser impostos ao País, a não serem urgentemente invertidos, não deixarão de continuar a expressar um retrato de um povo a quem estão a roubar direitos, a quem estão a roubar o futuro.


Vasco Cardoso
Jornal Avante!, n.º 2019 , 9 de Agosto de 2012

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Romeu e Julieta



Não é preciso dizer que este blog anda tão abandonado como os pobres animais com donos cruéis que os deixam para trás para ir gozar as benditas férias. Não é o meu caso em qualquer secção da frase anterior, com exceção feita ao óbvio abandono a que este espaço anda submetido. E por isso, aqui fica um post que devia ter sido escrito há quase um mês atrás.

Quando vamos ver uma representação do Romeu e Julieta, a famosa história de William Shakespeare, é como quando vamos ver o Titanic – sabemos o final da história. Sabemos que a embarcação vai ao fundo, rasgada por um gigante diamante de gelo, da mesma forma que sabemos que o casal mais famoso de sempre morre no fim. A expectativa aqui, pode ser, como é que se cozinha o percurso para lá chegar.

No dia 4 de Agosto fui à Quinta da Regaleira ver mais uma interpretação da conhecida história, pela Byfurcação - Associação Cultural. E, para começar, sabemos que o cenário não poderá ser mau. A Quinta da Regaleira torna-se, de forma sublime, mais uma personagem da história, e a maneira como nos envolve começa logo a somar pontos para o espetáculo.

Como a peça ainda está em exibição (de quinta a domingo, às 22 horas), não quero desvendar tudo. Vale muito a pena ver, a forma clássica como atores se desdobram em personagens, ou o facto da única mulher que vemos ser, efetivamente, a Julieta, e todas as outras personagens femininas serem interpretadas por homens, sem exageros de guarda-roupa ou transformismos. Ou o facto de não haver uma Julieta, mas duas, que nunca se chegam a colar nem a descolar totalmente (para quem já viu, a cena do quase beijo com o outro totó não é magnífica?).

Sim, sabemos o final, mas a história, e principalmente esta interpretação, não deixa de nos arrancar gargalhadas, suspiros, respirações sustidas.

Gostei muito, como já terão percebido. O bilhete custa apenas 15 euros, e se quiserem incluir jantar servido na quinta fica por 25 (com possibilidade de escolherem prato de carne, peixe ou vegetariano).

Em cena até 28 de Outubro, têm, tempo de não deixar escapar esta oportunidade. Ah, e não façam como eu! Lembrem-se de levar um agasalho que Sintra à noite não é o sítio mais quente do mundo.

Mais informações aqui.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Fizz Limão

Ouvi esta música ontem na rádio. É inevitável pensar que o Miguel Araújo fez uma espécie de hino para a Caderneta de Cromos do Nuno Markl, mas a música até está bastante engraçada.

E se a música parece derrotista ao dizer «Sem fé no futuro, rumo ao passado, a cantar», redime-se com «O povo não desespera, a gente sabe que ainda há solução / Porque o fizz limão, ai o fizz limão, há-de voltar».
Na verdade, viver a pensar no passado não nos leva a lado nenhum. Saudosismos e “ai, tão bom que era” só nos adormece das nossas obrigações para com o presente. E porque para a frente é que é o caminho, podemos então dizer, como o Miguel Araújo, que «Se o Chuck Norris ainda fosse o rei do Texas / E derrubasse muro entre nós e o amanhã», não para voltarmos para trás mas para não deixarmos que o futuro nos limite.

Ou então é só uma música sobre os anos 70/80 e não vale a pena estar com tantas teorias.
Bom, ide ouvi-la.

sábado, 18 de agosto de 2012

I Didn't Know I Was Looking For Love



I was alone thinking I was just fine
I wasn't looking for anyone to be mine
I thought love was just a fabrication
A train that wouldn't stop at my station
Home, alone, that was my consignment
Solitary confinement
So when we met I was skirting around you
I didn't know I was looking for love
Until I found you

I didn't know I was looking for love
Until I found you, honey
I didn't know I was looking for love
Until I found you, baby
Didn't know I was looking for love
Didn't know I was looking for love

Cause there you stood and I would
Oh I wonder could I say how I felt
And not be misunderstood
A thousand stars came into my system
I never knew how much I had missed them
Slap on the map of my heart you landed
I was coy but you made me candid
And now the planets circle around you
I didn't know I was looking for love
Until I found you

I didn't know I was looking for love
Until I found you, baby
I didn't know I was looking for love
Until I found you, baby
Didn't know I was looking for love
Didn't know I was looking for love

So we built from here with love the foundation
In a world of tears, one consolation
Now you're here, there's a full brass band
Playing in me like a wonderland
And if you left I would be two-foot small
And every tear would be a waterfall
Soundless, boundless, I surround you
I didn't know I was looking for love
Until I found you

I just didn't know

I didn't know I was looking for love
Until I found you
I didn't know I was looking for love (I just didn't know)
Until I found you
I didn't know I was looking for love (Oh, I just didn't know)
Didn't know I was looking for love
Until I found you, baby
I didn't know I was looking for love
Until I found you
I didn't know I was looking for love
Until I found you, baby
Didn't know I was looking for love
Didn't know I was looking for love
Until I found you, baby

I didn't know I was looking for love
Until I found you
I didn't know I was looking for love
Until I found you
Didn't know I was looking for love
Didn't know I was looking for love
Until I found you
I didn't know I was looking for love
Until I found you...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Parvoeira à volta dos olímpicos

Tanto se tem dito sobre estes jogos de Londres, casos, escândalos, medalhas que não chegam para uns, medalhas em catapulta para outros.

Depois há os descompensados, que se lembram de dizer parvoíces sobre o tema. Como este senhor, que se lembrou de que o problema dos jogos olímpicos é tornar as mulheres mais homens, e que claramente praticar desporto não é aquilo para que foram criadas, e que os jogos só servem para acabar com a sua feminilidade.

E depois há aqueles que lhe respondem:


Enfim, afirmações parvas merecem respostas parvas.
=S

quarta-feira, 25 de julho de 2012

The amazing Spider-Man


Se há coisa que defendo, é que o Homem-Aranha é mesmo amazing! Mas a verdade é que há meses que ando a dizer que não iria ver este filme. A história inicial do Homem-Aranha já estava feita, então que raio de ideia era esta? Pais?! E sem Mary Jane?! Não me convencia...

Mas claro que a curiosidade foi mais forte, e devo dizer que essa foi mesmo a única coisa que não gostei neste filme - uma liberdade poética em relação à verdadeira história do herói da Marvel que retira alguns elementos míticos e preciosos à história. E onde estava o Uncle Ben a dizer with great power comes great responsibility?Não estava. Nem o Parker lutador de wrestling.

Enfim, o filme está bem feito. Excelentes efeitos visuais, pronto, admito, uma história bem pensada e coerente (mas sem Mary Jane, reitero). O filme é do realizador Marc Webb, e conta com Andrew Garfield no papel de Peter Parker e Emma Stone no papel de Gwen Stacy (pois, quem?, perguntam vocês). Na verdade ela não é uma personagem criada para o filme, mas convenhamos, é uma troca estranha (nos livros está associada ao Green Goblin, que a mata).

Claro que estes filmes com muitos efeitos têm sempre alguns problemas de continuidade, eu própria detetei um ou outro, mas nada de muito drástico.

Aqui temos um Homem-Aranha menos acidental, um Peter Parker mais estudante de escola secundária e menos jornalista, no entanto o filme recupera algumas coisas que tinham sido perdidas da banda-desenhada, como o facto do Peter Parker não ganhar a capacidade de lançar teias, mas ele próprio inventar um dispositivo que o permita.

Enfim, bom filme. O vilão não é o meu favorito da lista de inimigos do Homem-Aranha, mas até compensou ver todo o lado cómico que montaram à sua volta. Ah, e não esquecer a magnífica aparição de Stan Lee, um dos criadores Homem-Aranha, mas também dos Fantastic Four, Hulk, Iron Man, Thor, X-Men e Daredevil. A cena mais cómica que já vi no cinema, pelo menos a que me fez rir com mais gosto de sempre (a serio, lágrimas escorreram pela minha cara).

E pronto, uma vez que o uncle Ben não nos brindou com uma frase sábia para a vida, fica uma muito boa da Aunt May (que já agora, foi interpretada pela Sally Field):

Secrets have a cost, they're not for free. Not now, not ever.

O filme está com 7,6/10 no IMDb, e, como sempre, fica o trailer:



Ah, é verdade, que saudades de Nova Iorque...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Miúdos cheios de pinta

O meu primo e mais dois colegas decidiram responder a um desafio dos Teen Choice Awards 2012: criar um vídeo para a música Call me Maybe, de Carly Rae Jepsen. Das submissões (que serão, muito provavelmente, MUITAS) serão escolhidas algumas para passar durante a atuação de Carly na gala dos prémios, que decorrerá no próximo dia 22.

E pronto, os miúdos, cheios de pinta, fizeram isto:



Vale a pena espreitar!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Complexo Turístico da Serra da Atalhada

Uma pessoa visita o RAF Park e fica totalmente desacreditada na capacidade do português desenvolver projetos de sucesso. Mas depois chega ao Complexo Turístico da Serra da Atalhada e vê que mesmo cá se pode fazer (e faz) muita coisa.

Começando pelo início. Este complexo de turismo rural situa-se na freguesia de Friúmes, concelho de Penacova, e surgiu «pela mão do Centro de Convívio do Zagalho e Vale do Conde, com apoio do Município de Penacova, e do IPJ, (através do programa PAAJ e dos campos de trabalho nacionais)» e que, desde dezembro de 2006, está «a ser gerido, pelo Grupo de Solidariedade Social, Desportivo, Cultural e Recreativo de Miro.»

O conceito não podia ser mais encantador. Um conjunto de 23 moinhos degradados e abandonados no cimo de uma montanha que, uma vez recuperados, se transformaram então no complexo de turismo rural. Deste complexo fazem parte ainda um bar, um restaurante e um posto de turismo da Freguesia de Friúmes, bem como um parque de merendas e uma vista deslumbrante.

Os moinhos são então o ponto principal deste complexo. Para além dos que são propriedade privada, neste momento existem 4 para alugar. O piso de baixo tem uma casa-de-banho, uma "cozinha" (com um micro-ondas, mini-bar, máquina de café e lava-loiça) e uma mesa de refeição para dois. O andar de cima é o quarto, com uma cama, armário e televisão (um dos miúdos dispõe de acomodação para duas crianças). Como diz o próprio site, é um espaço que convida ao romantismo e a uma relação próxima com a natureza. Passeios pela serra e pelas populações vizinhas e, claro, um céu estralado a que os moradores das cidades não têm acesso todos os dias. O pequeno-almoço é deixado todas as manhãs na porta do moinho (não se esqueçam de não o deixar ao sol até à hora do almoço).

Fonte          Fonte
Fonte          Fonte

Como a minha passagem por este complexo foi muito curta não deu para viver todas estas experiências, mas é sem dúvida um espaço que recomendo. É um espaço bem pensado e com muito potencial de desenvolvimento. Por um lado mais moinhos esperam intervenção e por outro muito pode ainda ser feito em termos de arranjos exteriores e até de pequenos pormenores dentro dos moinhos. É um bom exemplo de intervenção camarária na potenciação do turismo local, que poderá crescer ainda mais (acredito) com uma maior divulgação.

Infelizmente não tinha máquina fotográfica e a bateria do telemóvel estava a morrer, mas ainda deu para registar o momento:




Para mais informações, ficam os contactos:
http://serradatalhada.com.sapo.pt/
http://serradatalhada.no.sapo.pt
serradatalhada@sapo.pt
Telefone: 239476182 / 969059240

domingo, 15 de julho de 2012

Mais sobre o RAF Park

Quando o meu namorado me disse que havia um novo parque temático em Portugal não consegui controlar a excitação da novidade. Instantaneamente comecei a fazer planos. Procurei o site, que muito me impressionou, e menos de duas semanas depois lá íamos a caminho do dito.

Enfim, todo o relato da total desilusão que tivemos podem ver aqui.

Mas para mim, o pior não foi ter acordado às 7h da manhã de sábado para visitar o parque, nem ter feito mais de 330km para lá chegar. Nem sequer o choque de ter visto a maioria dos divertimentos desligados (porque tinha havido um problema com a corrente elétrica) ou por construir.

Não! O pior foi ninguém na bilheteira nos ter dito que ainda não estava tudo pronto ou que não havia luz. Foi, perante o nosso mais que justo desagrado, outra funcionária nos ter dito que, por não estar tudo a funcionar, no fim nos iam dar um bilhete gratuito para voltarmos, e que não via mal nenhum em não se ter disso antes de nos venderem o bilhete. Foi terem-nos dito que não percebiam a nossa indignação, que achavam que devíamos ficar (a fazer o quê?!?!) e que não viam razão para disponibilizar no site informação sobre o real estado do parque.

Tenho mesmo pena de não termos tirado uma única fotografia daquilo que vimos. Porque só assim poderiam comprovar que as fotografias que estão disponíveis no site deles são de facto muito apelativas, mas são de outro parque qualquer.

O pior não é aquilo ser um espaço pequeno, é ser um embuste face à informação que divulgam. Acharem que somos todos totós é que revolta!

Enfim, agradeço ao RAF Parque por ser péssimo, e por me ter proporcionado um belo dia de passeio no Porto, do qual obviamente destaco isto:

Francesinhas vegetarianas no Shopping Cidade do Porto.
Deliciosas!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Saiba como estimar o seu computador portátil


Li este artigo e achei que era uma ótima ideia partilhá-lo aqui com todos. A maioria das coisas podem não ser grande novidade, mas a verdade é que muitas vezes acabamos por não fazê-las...

Fica um resumo dos tópicos abordados, mas vale mesmo a pena lerem o artigo completo aqui:

  1. Colocar sempre o computador numa superfície lisa e rígida
  2. Desligar, hibernar ou suspender o computador antes de o colocar na mala
  3. Não deixar o computador sempre ligado à corrente eléctrica
  4. Limpar o computador pelo menos uma vez por ano
  5. Desligar o computador regularmente
  6. Preparar para perdas ou roubos
  7. Fazer cópia de segurança de tudo

Para mantermos os nossos portáteis lindos e maravilhosos por muito tempo, que isto da crise não permite grandes maluqueiras.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Musicão!

Não sendo uma unânime fã de música pop, não é de hoje que sou fã da P!nk, principalmente das músicas que eu classifico como pop de intervenção.

Anda álbum novo no ar (só para setembro) mas o primeiro single já toca na rádio. Musicão!






Blow Me (One Last Kiss)

P!nk


White knuckles and sweaty palms from hanging on too tight
Clench of jaw, I've got another headache again tonight
Eyes on fire, eyes on fire, and the burn from all the tears
I've been crying, I've been crying, I've been dying over you
Tie a knot in the rope, trying to hold, trying to hold,
But there's nothing to grab so I let go

I think I've finally had enough
I think I maybe think too much
I think this might be it for us (blow me one last kiss)
You think I'm just too serious, I think you're full of shit
My head is spinning so (blow me one last kiss)

Just when I can't get worse, I've had a shit day (No!)
You had a shit day (no!), we've had a shit day (no!)
I think that life's too short for this
I'll pack my ignorance and bliss
I think I've had enough of this, (blow me one last kiss)

I won't miss all of the fighting that we always did,
Take it in, I mean what I say when I say there is nothing left
No more sick whiskey-dick, no more battles for me
You'll be calling a trick, cause you'll no longer sleep
I'll dress nice, I'll look good, I'll go dancing alone
I will laugh, I'll get drunk, I'll take somebody home

I think I've finally had enough
I think I maybe think too much
I think this might be it for us (blow me one last kiss)
You think I'm just too serious, I think you're full of shit
My head is spinning so (blow me one last kiss)

Just when it can't get worse, I've had a shit day (no!)
You had a shit day (no!), we've had a shit day (no!)
I think that life's too short for this
I'll pack my ignorance and bliss
I think I've had enough of this, (blow me one last kiss)

Blow me one last kiss

Blow me one last kiss

I will do what I please, anything that I want
I will breathe, I won't breathe
I won't worry at all
You will pay for your sins, you'll be sorry my dear
All the lies, all the wise, will be crystal clear

I think I've finally had enough
I think I maybe think too much
I think this might be it for us (blow me one last kiss)
You think I'm just too serious, I think you're full of shit
My head is spinning so (blow me one last kiss)

Just when I can't get worse, I've had a shit day (no!)
You had a shit day (no!), we've had a shit day (no!)
I think that life's too short for this
I'll pack my ignorance and bliss
I think I've had enough of this, (blow me one last kiss)

Blow me one last kiss

Blow me one last kiss

Just when it can't get worse, I've had a shit day (no!)
You had a shit day (no!), we've had a shit day (no!)
I think that life's too short for this
I'll pack my ignorance and bliss
I think I've had enough of this, (blow me one last kiss)

domingo, 8 de julho de 2012

Dicas de fim-de-semana

O bom tempo veio para ficar e provavelmente a maioria prefere aproveitar o fim-de-semana na praia. Mas se quiserem uma alternativa, que tal passar a manhã de domingo num bairro típico de Lisboa?

Ruas de Alfama - Fonte


A sugestão é: passear pelas ruas de Alfama, aproveitar a vista sobre o rio e sentir a vibração tão própria da cidade e dos seus bairros. Para o almoço, uma salada ou uma sandes (e porque não partilhar) numa esplanada com uma vista fabulosa? Recomendo o Portas do Sol (eles anunciam brunch no menu online, chegando lá é possível que os empregados não saibam bem o que é, enfim, pormenores). É agradável, a comida muito boa, tem gelados Santini (para os gulosos) e a vista é mesmo qualquer coisa de maravilhoso.

Portas do Sol - Fonte


Na volta que derem incluam uma visita à Sé de Lisboa e até uma espreitadela a uma ou outra loja de souvenirs.

Sé de Lisboa - Fonte

Um passeio que encaixa bem com uma manhã preguiçosa de domingo, acordar tarde e aproveitar o que Lisboa tem de bom para oferecer.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Que semana! Que dia!

Já que este blog é uma espécie de relato (muito pouco extensivo, é certo) da minha vida, não há como deixar de fora o dia de hoje.

Por tantas razões. Primeiro, pela importância que esta semana teve na minha vida, porque será para sempre um marco assinalado na minha história. Não quero estar a entrar aqui em detalhes, mas não há dúvida que havia tanta coisa para dizer, tanta coisa que aprendi, tanta gente que conheci, tanta coisa, tanta coisa...

E depois não há dúvida que o dia de hoje foi memorável. O meu último dia de aulas de mestrado. O dia em que fechei o capítulo de todos os trabalhos de grupo que me têm atormentado o espírito e destruído a vida social. Mas a verdade é que uma voz embargada e sim, admito, uma lagriminha ao canto do olho, me empediram de dizer tudo o que queria aos meus colegas de grupo. Aos meus companheiros de luta, aos três macacos que odiei com todas as forças do meu ser todos os sábados e domingos que tive que sair da cama cedo para ir fazer trabalhos de grupo para o Dolce Vita. Mas também os três amigos sem os quais teria sido impossível atravessar este percurso da forma que o fizemos, com sucessos e alegrias partilhadas, com aquela maluqueira que permitia que não desistíssemos quando o trabalho parecia maior que o tempo e que a vontade. Obrigada por tudo! Vocês os três, Mónica, Sofia e Adilson, são os melhores amigos que podia ter arranjado nesta altura.

E pronto, por aqui me fico porque o cansaço e um certo êxtase de liberdade que me tolda o corpo não permitem nada mais para já do que querer dormir umas belas dez horas seguidas (bem queria que desse para mais).

domingo, 24 de junho de 2012

Mudanças

É incrível como num fim-de-semana pode mudar tanto a nossa vida.

Começa o verão, acabo os trabalhos da escola. Começa a última de semana de aulas (de sempre?) e ao mesmo tempo começam as avaliações.

Tudo muda profissionalmente.

E fui à praia (que saudades do Brasil) para comemorar tudo isto e estudar ao mesmo tempo. E comi 3 vezes pizza em 3 dias. E vou dormir tão satisfeita como empolgada, ansiosa pelo dia de amanhã. Mesmo amanhã sendo o dia do 1º teste do último quadrimestre do mestrado.

Que fim-de-semana bom, venha de lá a semana.


quarta-feira, 20 de junho de 2012

É para aumentar o consumo e potenciar o crescimento da economia, não é?

COMEÇA O BAILE


Fonte

Manifestação dos Trabalhadores da Função Pública
22 de Junho
14h30
Largo do Príncipe Real - S. Bento

terça-feira, 19 de junho de 2012

Duas Brancas de Neve numa semana

Na semana passada vi dois filmes sobre a Branca de Neve. Tão diferentes um do outro (logo porque um é uma comédia e o outro não), mas ambos bastante válidos. E o que mais me agradou, nos dois, foi o facto de nenhuma das princesas ser tontinha como se espera da uma princesa Disney. Mas vamos aos filmes.


Mirror, mirror


É um filme de Tarsem Singh, um realizador indiano (nem vos digo como é que ele pôs a sua marca cultural no filme, ahahah), e conta com Julia Roberts no papel da temível Rainha. O que é que se pode dizer? Esta senhora é uma Senhora, e domina completamente qualquer cena em que entra. E protagoniza a mais nojenta sessão de tratamento de beleza a que já assisti na vida.

Este filme, apesar de ser o cómico, é uma sátira perfeita aos tempos que correm: governantes que aumentam impostos a seu bel-prazer para fins que em nada interessam aos que os pagam. As minorias segregadas pela sociedade e os meios (até nada lícitos) que se veem obrigados a usar para garantir a sobrevivência. Ah, e um príncipe tão bonitão como tontinho, que só está ali para provar que, de facto, são as mulheres que dominam o mundo.

E no papel de Snow White (Snow, para os amigos), Lily Collins. A miúda saiu-se mesmo bem. E por aquilo que já vi de fotos dela, acho que devia adotar o estilo Branca de Neve, de cabelo preto e lábios de morango. Gira!

Tem uns efeitos especiais muito interessantes, sendo que a solução que deram ao espelho mágico foi, dos dois filmes, a minha favorita.

Como quase todas as comédias tem uma nota bem fraquinha no IMDb, 5,6/10, mas vale a pena ver, por mais que não seja pelas gargalhadas que vos poderá arrancar.


Snow White and the Huntsman


Quem aqui não é fã da saga Twilight? Eu! Mas assim que vi a bela da Branca de Neve no cartaz de adaga na mão pensei: quero ver este filme! Isso e a figura deslumbrante da Charlize Theron.
O filme é realizado por Rupert Sanders, e ao que parece é o seu primeiro filme (sendo que já anunciou uma sequela... enfim...). Como já disse a Branca de Neve é a Bella do Twilight (Kristen Stewart), o caçador é o Thor (Chris Hemsworth), a rainha é a oscarizada Charlize Theron e o príncipe... sinceramente ninguém neste filme quer saber do príncipe.

Este filme, sem qualquer dúvida, bate o outro por muitos pontos nas imagens lindíssimas que tem. Paisagens de cortar a respiração e de nos obrigar o tempo todo a sussurrar "que lindo!".
Por outro lado, mostra-nos uma rainha muito diferente. É má, sim, e muito. Mas a sua obsessão pela beleza não é simplesmente fútil: há toda uma história por trás, no fundo a caracterização de uma sociedade que só valoriza as mulheres bonitas e as descarta quando não se interessa mais por elas. Como li num sítio qualquer, e acho que foi a própria Charlize a dize-lo, é a sociedade que diz que os homens são como os vinhos finos, que melhoram com a idade, e as mulheres como as flores, que apodrecem rapidamente.

Mas, tenho que dizer que não fiquei particularmente fã do filme incutir a dicotomia "ai, não sei se fico com o louro, ai, não sei se fico com o moreno", o que parece ser uma constante nos filmes hoje em dia, e algo que persegue a pobre Kristen, que se calhar ainda hoje não sabe se prefere vampiros ou lobisomens (sei lá, não conheço a história).

A nota do filme no IMDb surpreendeu-me bastante, 6,6/10, mas penso que seja pelos efeitos especiais, que sinceramente não me convenceram na maior parte do filme. Uma das críticas apontadas ao filme foi precisamente o facto dos anões não serem anões, mas imagens de homens de tamanho standard alteradas por computador. Isso tem gerado alguma polémica, tendo Warwick Davis, que desempenhou já vários papéis, nomeadamente alguns nos filmes da série Harry Potter (Professor Filius Flitwick, Goblin Bank Teller, entre outras personagens), vindo a público dizer que isto é o mesmo que pintar atores brancos para desempenharem papéis de pretos.


Belas coincidências


Lily Collins fez a audição para o papel no Snow White an the Huntsman, mas não conseguiu o papel, tendo acabado por fazer o outro. Já Sam Claflin fez a audição para príncipe no Mirror, mirror mas não conseguiu o papel, tendo ido fazer de príncipe no outro. Bizarro, não?

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Perder um companheiro de luta

Pode parecer um bocadinho exagerado, especialmente quando disser do que se trata na verdade, mas foi mesmo isto que senti quando cheguei ao meu local habitual de trabalhos de grupo (o que eu já ando fartinha daquele centro comercial) e me deparei com este cenário:


Sim, é o meu pobre computador portátil com o ecrã todo partidinho!

E, na realidade, não é só porque este ano o meu recibo do subsídio de férias dizia €0 (obrigada, senhor primeiro-ministro, és um bacano) que isto é uma má notícia. Olhando para trás, foi neste computador que fiz quase todo o meu projeto de licenciatura (sendo que na altura veio substituir o outro desgraçado que tinha entregue a alma ao criador), foi com este computador que rumei tantas e tantas vezes para a faculdade, tanto na licenciatura como no mestrado. Este computador foi também comigo a Nova York, a Londres, ao Brasil e mais recentemente à Escócia e a Dublin. E, queiramos ou não, é com este computador que tenho adormecido praticamente todos os dias nos últimos dois anos, é ele que tem sido a minha companhia noturna, seja no blog, no Youtube, nas redes sociais ou simplesmente em jogos de cartas.

Enfim, o mal já está feito (ainda que as causas da morte não tenham sido apuradas), e de momento aguardam-se melhores dias para passar à aquisição de um substituto. E o principal pretendente é este menino:


Enfim, já estava nos planos, não se esperava era que fosse uma necessidade tão urgente.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Epifanias

Ter momentos de concentração profunda é algo que para mim roça o impossível. Parar, pensar na vida e pior, tirar conclusões, são tarefas muito difíceis quando se tem um cérebro que não para. É o que sinto.

A única altura em que consigo pensar é ao volante. De noite, de preferência. Estrada pela frente, música alta (popinho, do bem rasco), poucos carros à volta. Há uma química qualquer entre mim e o volante, que faz com que saia do carro, tranque a porta e pense é isso mesmo. É a sensação de liberdade, é pensar que se me apetecer é só sentar-me e parar 4000 quilómetros depois.

Hoje foi um desses dias. Em que chego a casa maior do que saí. Em que chego a casa depois de sei lá quantas horas fora e só me apetece fazer coisas, só me apetece escrever, só me apetece partilhar com o mundo as minhas conclusões brilhantes. Claro que depois me lembro que muito provavelmente são tão patetas e pessoais, que o certo é mesmo não interessarem a mais ninguém.

Enfim, o blog é meu, e eu escrevo o que quiser (ler com entoação de it's my party and i'll cry if i want to).

E o tema é: esperar. É mais ou menos óbvio que ninguém gosta de esperar. Eu detesto! Sei lá quantas vezes já disse que tenho síndrome de noivo, que acho uma falta de respeito, etc, etc, etc. Mas se é óbvio que esperar por reuniões, por amigos, por transportes não agrada a ninguém, pode não ser assim tão óbvio que esperar pela vida também.

E não passamos a vida à espera? Acho que sim. De dias melhores, do emprego que não chega, daquele telefonema, de ter finalmente um Governo que se preocupa mais connosco do que com o bem estar de umas quantas famílias e dos seus negócios "familiares", que acabem as aulas, das férias, daquele dia. Ou de que os astros se alinhem para qualquer coisa que provavelmente só existe na nossa cabeça.

A mim, o que me mata, o que me mói, o que causa todas as minhas pseudo infelicidades é esperar.

E como as minhas viagens de carro são muito curtinhas, ainda não tive tempo para pensar sobre o resto. Dizer ao cérebro tu já não esperas mais nada é o mesmo que dizer a uma criança tu não comes mais daqueles biscoitos. Dez minutos depois, lá aparece o garoto todo lambusado e com migalhas coladas ao corpo.

Como ir à luta de tudo pelo qual se espera me parece trabalho a mais para uma vida só, e de Hércules tenho muito pouco, a tarefa agora é fazer uma lista mental do que é para ir atrás e do que é para esquecer. E se um dia vier, que seja uma agradável surpresa porque já nem me lembrava que o queria.
E se não for, o desafio é tornar a luta numa conquista interessante e não numa espera aborrecida.

Nada de esperar mais por o que provavelmente nunca virá. Queres, faz. Não queres assim tanto, para de pensar nisso. Até querias, mas destrói mais que constrói, escolhe outra coisa. Novo lema de vida. Até à próxima viagem de carro, pelo menos.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Jeff, who lives at home



Uma pessoa bem se esforça por salvar um dia de domingo de trabalho. E com o quê? Filme e pizza. O filme escolhido para domingo à noite foi então este filme de 2011, que conta a história de um homem de 30 anos que vive na cave da casa da mãe.
A história é simples: Jeff (Jason Segel), rege a sua vida por aquilo que aprendeu no filme Signs. Que nada acontece por acaso, que tudo está ligado. Todo o filme se passa em menos de um dia, com a aparente loucura de Jeff a liga-lo ao seu irmão Pat (Ed Helms) e à mãe Sharon (Susan Sarandon).

É uma comédia comovente, de despertar os sentidos. A verdade é que o filme não teve nada a ver com nada do que eu imaginava, com nada do que tinha visto antes sobre ele. Pensei que fosse mais "filminho" do que acabou por ser.
De salientar, no entanto, que não gosto muito do tipo de planos utilizados. Não sei bem explicar, mas é daqueles filmes que parece ter sido filmado de câmara ao ombro, com zooms estranhos e muito movimento. A mim, sinceramente, distrai-me.

Mas bom, não percam este filme, se puderem. Vale a pena, e no IMDb está com uma classificação de 7,0/10. Fica o trailer:

domingo, 10 de junho de 2012

A Escócia e o Harry Potter

Muitas são as ligações entre o mais famoso feiticeiro da história da ficção e o Reino Unido. A verdade é que todos aproveitam para se promover mais um bocadinho e apanhar o barco que a senhora J. K. Rowling lhes proporcionou. Nas últimas férias foi fácil constatar isso, e visitar um ou outro dos sítios que se auto-proclamam fundamentais para a história.

A primeira dessas experiências foi logo em Edinburgh. Esta teoria é tão válida lá, que existem mesmo excursões pelos sítios que, de uma forma ou de outra, influenciaram os livros. Não tendo feito a dita excursão, tive a oportunidade de visitar alguns.

The Elephant House Café

É conhecida a mania que Rowling tinha de escrever em cafés. Ao que parece, os dois que mais utilizava para esse fim era o Nicolson's (atualmente Spoon Cafe Bistro) e o Elephant House Café. Fomos então lanchar ao segundo, onde pude provar pela primeira vez o famoso shortbread (este numa forma fofinha de elefante). Não tenho fotos da fachada, apenas do pormenor do logotipo.

Pormenor da fachada


Shortbread em forma de elefante


George Heriot's School

É supostamente a escola que influenciou a criação de Hogwarts, e consegue perceber-se porquê. É uma escola imponente, de conto de fadas, da qual tirei magníficas fotografias. Ah, espera, não tirei não. Tirei apenas esta miserável:



Pronto, fica esta fotografia que retirei da internet:

Fonte

Glenfinnan

A ponte que ficou imortalizada no filme Harry Potter e a Câmara dos Segredos é um viaduto com uma linha de caminho-de-ferro que colocou esta terra no mapa das atrações turísticas. Como não podia deixar de ser fizemos um pequeno desvio para a conhecer, onde tivémos também a oportunidade de mais uma pequena subida de montanha (montanhinha, vá).

Glenfinnan Viaduct

Cena do filme. Fonte


Vista

Como podem ver tem ainda um memorial, manado construir pelo Príncipe Charles Edward Stuart, em memória da causa Jacobita.



Se tiverem a mesma sorte que eu, pode ser que, do nada, um grupo coral de adolescentes comece a cantar. Sítio certo, à hora certa.




E já agora, foi também nesta terra que nasceram Connor and Duncan MacLeod, na série The Highlander.