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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Facada na democracia em Odivelas

O post de hoje já vem fora de horas, e escrevo-o agora, mesmo sendo 0h34 e tendo eu que me levantar às 5h45. Escrevo-o, porque é com grande mágoa e até vergonha que digo que hoje a democracia morreu mais um bocadinho em Odivelas.

Mas comecemos do princípio.

Realizou-se hoje a sessão da assembleia municipal de Odivelas em que PS e PSD votaram a favor a privatização da água e da recolha do lixo no concelho. Era de esperar que esse fosse o sentido de voto, já que essas foram as suas votações na sessão da Câmara Municipal de Odivelas.
Também se sabia que havia muita pressa para que o ponto ficasse decido hoje. É preciso pôr em marcha o tal concurso internacional, de contornos não totalmente definidos, que adivinha, pelo menos, que os grande beneficiários não serão os munícipes de Odivelas, mas talvez os acionistas de alguma empresa, quiçá até já selecionada.

E podia-se aqui discutir o desastre que é privatizar um bem público, ou o facto de 14 anos de PS não terem resolvido a questão da partilha dos serviços. PS, diga-se, que está na Câmara de Odivelas, na Câmara de Loures e nos Serviços Municipalizados. Ou dos mais de 400 trabalhadores dos SMAS afetos ao nosso concelho que acabarão, inevitavelmente e de forma leviana, sem trabalho.

Mas o que me chocou foi a falta de respeito pelo órgão e pela democracia que ali aconteceu. Do início ao fim, verificaram-se uma série de atropelos ao regimento e possivelmente à lei administrativa. E o que respondia o presidente da assembleia quando confrontado com isso? Algo do género "pois, esta foi a minha decisão, se quiserem recorram nos tribunais".

Quando os deputados municipais da CDU quiseram expressar a sua declaração de voto sobre a privatização da água, PS e PSD apresentaram um requerimento para que se passasse ao ponto seguinte e que as declarações não fossem lidas. Pois é! O direito que aqueles deputados têm em dizerem claramente que votaram contra e porquê ia-lhes ser simplesmente negado porque havia pressa em acabar a assembleia.

Pois que fique aqui bem dito: A CDU ESTÁ CONTRA E VOTOU CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA EM ODIVELAS!!!

Quando se iniciou a discussão sobre a denúncia do acordo com os SMAS para a recolha do lixo... pasmem-se... não houve discussão nenhuma. Porquê? Porque PS e PSD apresentaram um requerimento para que se passasse imediatamente à votação sem qualquer discussão. A privatização de um serviço público, para aquelas duas bancadas, é um assunto tão menor que nem merece discussão. Discussão para quê? É que discussão para eles não é ouvir as opiniões da oposição. Não! Discussão para eles é uma chatice, uma perda de tempo, uma formalidade. A democracia é chata e dá muito trabalho e hoje PS e PSD não estiveram para ter trabalho.

Perante a saída dos deputados da CDU e do BE da sala, por não concordarem com este atropelo à democracia, votou-se o ponto sem discussão. E concluiu-se a reunião com a aprovação de uma ata em minuta que não foi lida (e que talvez nem existisse). Sim, os deputados que nos vão aumentar a fatura da água em até mais 22% votaram de cruz, de olhos fechados, e assim concluíram a assembleia e lá levaram a água ao seu moinho.

Uma palavra para os trabalhadores dos serviços municipalizados, que apesarem de terem, ao longo de todas estas sessões, sido tratados de forma jocosa e até provocatória, deram uma lição de democracia e de participação cívica.

Sim, hoje venho para casa envergonhada com o poder político em Odivelas, mas ao mesmo tempo muito satisfeita por perceber que estou do lado certo da barricada.

Uma nota. Parecem chavões, mas não são. Registem as minhas palavras: A LUTA CONTINUA e O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO!


domingo, 2 de setembro de 2012

Agora que já começaram os Jogos Paralímpicos

Recordo um artigo de 09 de Agosto de 2012, sobre os Jogos Olímpicos.

Pequim – Londres – Rio

Em 2008, enquanto decorriam os Jogos Olímpicos de Pequim, num artigo – «As medalhas» – publicado no Avante! chamava-se a atenção para a crucificação pública dos atletas portugueses pelos «fracos» resultados desportivos. Voltar ao tema tornou-se quase obrigatório.

Quer porque os resultados dos 77 atletas lusos nos JO de Londres não só mantêm o mesmo registo de então, como até se corre o risco de regressar sem qualquer medalha ao peito. Mas também porque nos principais media não há dia que passe sem que essa ausência seja assinalada.

Na verdade, os JO, com a sua dimensão universal e cada vez maior força mediática, trazem para a ribalta uma realidade quase clandestina. De repente, ouve-se falar de atletismo, ginástica, natação, alterofilismo, ténis de mesa e de um sem número de modalidades colectivas, que não apenas o futebol profissional. O País é sacudido com horas de imagens incrivelmente belas, onde atletas de todas as nações competem entre si. E havendo um natural questionamento sobre os «êxitos» e «fracassos» nacionais, em regra, as razões de fundo são ocultadas.

Daqui por quatro anos chegarão os JO do Rio de Janeiro. Até lá, se for por diante tudo quanto o Governo PSD/CDS tem em concretização, o filme a que a temos assistido tenderá a agravar-se. A base de massas de prática desportiva inspirada em Abril está em destruição; o número de atletas federados diminui; a construção e o investimento em equipamentos desportivos praticamente parou; a educação física está a ser retirada dos currículos escolares; o movimento associativo popular está em estrangulamento financeiro; agrava-se as situações de salários em atraso, de extinção de modalidades e de clubes em falência técnica; e até o número de equipas de futebol profissional está em recuo – só este ano saíram mais de 60 clubes das competições nacionais; etc. A prática desportiva é cada vez menos um direito e cada vez mais um serviço que se paga.

Poderá até aparecer esta ou aquela medalha no futuro, mas a verdade é que os tempos de retrocesso e declínio que estão a ser impostos ao País, a não serem urgentemente invertidos, não deixarão de continuar a expressar um retrato de um povo a quem estão a roubar direitos, a quem estão a roubar o futuro.


Vasco Cardoso
Jornal Avante!, n.º 2019 , 9 de Agosto de 2012

domingo, 11 de março de 2012

Fim-de-semana em grande

Mais um daqueles fins-de-semana que acabo de sorriso rasgado. Daqueles mesmo bons, que nos deixam bem dispostos. Bem preenchido, sem tempos mortos (vá, um bocadinho mais de horas a dormir não tinha feito mal a ninguém).




Incluindo jantar a dois, Girl with a Pearl Earring, almoço de 91º aniversário do PCP na Ramada, encontro da ANAFRE junto ao rio, jantar com amigos e Sing Star, trabalhos de grupo no Dolce Vita Tejo (último deste quadrimestre, YAY) e praia. Em Março e com calor!

E mais uma vitória do Benfica!

E não tenho fotos de domingo...


Acho que hoje estou a dormir antes das 23h!

terça-feira, 6 de março de 2012

Hoje o meu partido faz 91 anos

 
É um orgulho fazer parte do património combativo, da história de luta e resistência do nosso país. Ontem contra o regime fascista, hoje contra as políticas cegas que prejudicam os portugueses.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Quem fala assim não é gago




E tem claramente o à vontade de quem diz o que pensa e fala em conformidade com a sua ação, sem esquemas obscuros. Muito diferente do destinatário desta mensagem.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Comida para todos em 2012

Esta é uma realidade que se não fosse tão preocupante poderia até ser comovente. O desejo das crianças no primeiro ciclo da Baixa da Banheira para 2012 é comida para todos. O que revela que estas crianças, que terão entre 6 e 10 anos, já perceberam que o ano que se avizinha não vai ser fácil, que o ano que se avizinha pode trazer fome para muita gente (quem sabe se já não estarão a sentir algumas dessas privações).



E há tanta gente crescida que ainda não percebeu isto.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Para quem não teve oportunidade de ver

Uma entrevista que revela o Homem, dos valores, da missão, da família. Muito boa, mesmo.



domingo, 10 de julho de 2011

Estamos todos a trabalhar para a banca

Vale a pena ver este vídeo, com a intervenção de Carlos Carvalhas no último Prós e Contras (prós e prós, para os amigos), de 4 de Julho, a propósito da questão da dívida portuguesa.




Em primeiro lugar, eu sei que sou muito parcial a avaliar intervenções deste senhor. Principalmente porque sou a sua fã #1, como economista, como camarada, como pessoa. Já o era como secretário-geral do PCP.

Mas a verdade é que ele faz uma série de considerações a propósito da dívida muito interessantes. E desmistifica algumas posições do nosso actual ministro de economia (como é bom mudar de opinião quando se muda de lado da barricada).

Sim, a restruturação da dívida é uma solução. Sim, é possível melhorar o défice, mas não à custa dos contribuintes, não à custa de aumento ou criação de impostos. Nunca comprometendo o crscimento económico do nosso país.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A TALHE DE FOICE - O «bom aluno»

Por Henrique Custódio

Nas comemorações do 10 de Junho, o Presidente da República, Cavaco Silva, decidiu promover a «aposta na agricultura», afirmando as suas preocupações com o «défice alimentar» português e propondo «um programa de repovoamento agrário do interior, criando oportunidades de sucesso para jovens agricultores».

Acontece que, há 20 anos, o professor Cavaco era o primeiro-ministro de Portugal com maioria absoluta, mas nessa altura as suas preocupações não se prendiam com défices alimentares ou sucessos de agricultores, jovens ou velhos: o seu empenho centrava-se no cumprimento escrupuloso dos ditames de Bruxelas, que ordenavam precisamente o contrário - o desinvestimento na produção agrícola nacional. E não se pense que a prestimosa CEE nos ia apenas às couves e aos nabos: o ataque era de raiz, por assim dizer, e praticou o abate sistemático de culturas inteiras e seculares, como as da vinha e as do olival.

Os 220 mil agricultores que, hoje, continuam a receber subsídios da União Europeia para não produzir já vêm desse tempo, quando o dinheiro vinha às carradas a «subsidiar» o desmantelamento programado da agricultura portuguesa – naturalmente para garantir a produção das potências agrícolas da União, nomeadamente a França e a Alemanha.

Nessa altura, o empenhado executante desse desmantelamento foi Cavaco Silva, que diligenciou os primeiros subsídios para os 220 mil agricultores que, hoje, continuam a ser pagos pela UE para não produzirem.

E não só: foi também Cavaco Silva quem promoveu o abate da frota pesqueira com subsídios comunitários, liquidando de caminho as pescas nacionais que, numa dúzia de anos, desceram de 70% para 30% no abastecimento do pescado de consumo interno, o que significa que deixámos de importar 30% para importarmos 70% do peixe que consumimos. Isto sendo o país com a segunda maior ZEE marítima (o primeiro é o Canadá) e também o segundo no consumo de peixe per capita (o primeiro é o Japão).

Na altura, o PCP foi extremamente claro na denúncia e apresentação de todos estes factos e previsões (basta consultar as notícias da época), ao que Cavaco Silva responderia com a arrogância do costume, remetendo os argumentos do Partido para a estafada despromoção do «discurso da cassete».

Mas quem tinha o «discurso da cassete» era o próprio Cavaco, quando afirmava estar no «pelotão da frente» da submissão aos ditames de Bruxelas, se gabava de Portugal ser «um bom aluno» no cumprimento desses ditames e promovia o turismo como o destino privilegiado do País, imaginando-o como imenso resort para uso e gozo da Europa gorda dos ricos.

O resultado está à vista: o ancentral país agrícola que sempre fomos já não produz alimentos que dêem para a sopa, tal como já nem barcos tem para apanhar os peixes que come, apesar de possuir das maiores zonas marítimas do mundo.

É por isso estranho ver agora o Presidente da República a promover recuperações agrícolas, qual Mestre preocupado com a falta de resultados da turma.

É que este «Mestre», há 20 anos atrás, foi precisamente o «bom aluno» que desarticulou a agricultura que agora diz querer recuperar.


in Avante!, 16 de Junho de 2011 ou aqui.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sobre as eleições legislativas

É impossível não ficar desiludida a ouvir jornalistas dizer que Portugal virou à direita. Acredito que essa não será a melhor solução para nós, acredito que a mudança que muitos buscaram não será atingida desta forma.

PSD e CDS foi, num passado muito recente, uma coligação desastrosa, com grandes perdas para todos, com efeitos negativos na nossa economia. Não tenho dúvidas que o pote de outro que Passos e Portas anunciaram ter no fim do arco-íris nunca passará de uma ilusão, e mais uma vez optou-se por acreditar que desta vez será diferente. Sinceramente, não tenho dúvidas que não.

Por outro lado, o resultado que a CDU atingiu ontem não me podia deixar mais confiante. Com o reforço de percentagem e número de deputados garante-se a possibilidade de uma maior actuação parlamentar, garante-se uma oposição consciente e atenta, verdadeiramente preocupada com quem trabalha, com quem estuda, com quem já trabalhou toda uma vida, com os que estudaram e não conseguem trabalhar, com os que não têm idade para ter preocupações mas que sofrem na pele a instabilidade das suas famílias e do seu país.
A esquerda perdeu votos, perdeu deputados. Mas que esquerda é que perdeu mesmo? A do PS que de esquerda não tem nada? A do BE que vai dando mostras que querer ser irreverente não chega nem para convencer nem para ser verdadeiramente transformador do mundo?

Não se avizinham tempos fáceis. Cá estaremos (estarei) para lutar por melhores condições de vida, por maior e melhor justiça, pela igualdade entre todos.

Todos os dias!

sábado, 28 de maio de 2011

Ainda têm dúvidas de quem está do nosso lado?


Na hora de escolher, lembrem-se de quem nos defende, de quem apresenta propostas que sejam benéficas para a nossa vida. E de quem vota contra essas propostas. Ou de quem apresenta propostas que nos prejudicam.

Mas o mais importante é mesmo não ficar de fora!

Dia 5 de Junho vota!

De resto usa a tua consciência.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sobre o Sr. Fernando Nobre

O ex-candidato à Presidência da República ganhou um hematoma durante a campanha de tanto bater com a mão no peito a dizer "eu sou o único candidato que não pertence a esta classe política, a esta classe de corruptos e charlatões e blah, blah, blah".

Já na altura houve gente (nomeadamente o Francisco Lopes) que alertou para o facto de ele já ter apoiado candidatos tanto do PS, do PSD e do Bloco de Esquerda noutros actos eleitorais. Mas o Sr. Nobre dizia que era pelo projecto, e não por interesses partidários.

E agora, Sr. Nobre, é por quê? Por dinheiro? Por prestígio? Por poder?

Sei que a mim não me espanta totalmente. Que os milhares de pessoas que votaram nele possam fazer um auto-exame de consciência. Terá ele dito a verdade? As notícias recentes parecem dizer o contrário…

Mais um conto do vigário a que fomos sujeitos!


E como dizia o outro "e o burro sou eu?"

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Domingo é hora de dizer basta!


Ficar em casa é deixar os outros decidirem por ti. Votar Cavaco ou Alegre é querer continuar com estas políticas a que temos estado sujeitos.

Domingo, vota Francisco Lopes!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Odivelas on the Rock II



2ª Edição do Odivelas on the Rock
23 de Outubro às 21h
Pavilhão Polivalente Odivelas

A não perder!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Há pessoas que são muito maiores do que a sua existência permite


Estava a quase 400 hm de Lisboa quando recebi a notícia do falecimento do meu querido camarada Dias Lourenço.

Apesar da sua idade avançada e do seu estado de saúde já muito debilitado, não posso deixar de sentir uma enorme tristeza com a partida de um homem bom, muito carinhoso, mas principalmente que representa um conjunto de homens e mulheres a quem (por muito que isto doa a muita gente) temos que agradecer todos os dias por vivermos já há 36 anos em liberdade.

Tive a sorte e a honra de poder privar com ele. Nunca esquecerei as conversas que tínhamos, as histórias que contava, os conselhos que dava.

Até sempre, camarada!