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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Cinema: Teenage Mutant Ninja Turtles


Há qualquer coisa que desperta cá dentro quando ouço "vamos ver as Tartarugas Ninja ao cinema". YAY! Mega fã dos quatro répteis adolescentes desde pequena, na verdade só tinha medo que o filme estivesse 1) completamente deturpado 2) foleiríssimo 3) com cenas de luta fraquinhas (que de resto, parece que tem sido uma constante nas minhas últimas idas ao cinema). Mas no sábado passado, também já com muitas saudades de ir ao cinema, lá fomos ao Ria Shopping tirar as teimas.

Para grande felicidade tenho a dizer que não se verificou nenhuma das 3. O filme não me desiludiu, achei as animações muito credíveis e nada exageradas e as cenas de luta muito bem encenadas. Enfim, para mim já ganhou.

Quanto à história, primeiro uma declaração de interesses - eu gosto demais das tartarugas ninja. Eu digo que quando tiver filhos vão ser 5, quatro rapazes e uma rapariga, só para se chamarem Donatello, Leonardo, Rafaello, Miguel Ângelo e April (sim, sim, alguns ficam melhor adaptados ao português que outros). Por isso só pude delirar quando vi o Miguel Ângelo a gritar "Cowabonga" ou a delirar por uma pizza de 99 queijos. Ou o Donatello todo nerd a resolver problemas. Ou o Leonardo a esgrimir uma katana como ninguém. Ou o Rafaello a ser o irmão responsável. Sim, delirei!

No entanto, acho que as ditas cujas tiveram demasiado destaque no filme. O Splinter apareceu pouco, na minha opinião, ainda que tenha cenas muito boas. A senhorita April (Megan Fox) é muito gira e vai muito bem, mas também acabou por ter um papel apagadito e mucho, principalmente na segunda metade do filme. O Shredder quase não apareceu no filme. Não o conhecemos nós de outros carnavais e quase que saíamos de lá sem perceber quem ele era. Era o mau e pronto. Não tem background, não tem enquadramento, não tem quase relevância até à luta final. Quanto ao Eric Sacks (William Fichtner), acho que acabou por estar melhor na história, embora um vilão que só é mau por dinheiro acaba por saber a pouco numa história deste tipo.

Uma coisa que não pude deixar de notar foi a quantidade insana de product placement que houve neste filme. Estava difícil pagar as contas, hein, Sr. Produtor?

Conclusão: é o melhor filme do mundo? Pffff, claro que não! Mas para o género, e sobretudo para o medo com que ia que estragassem, acho que até ficou bom. Pelo menos saí do cinema com o meu lado de fã incondicional satisfeito. Pena que infelizmente não tenha tido a oportunidade de ver a versão 3D, conseguiu-se ver bem as cenas que devem ter beneficiado nessa versão.

Aqui fica o trailer do filme que no IMDB se apresenta hoje com uma nota de 6,3/10:

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

5 coisas que tens que fazer em Bruxelas

Diz quem sabe (pronto, foi uma empregada do Hard Rock... pronto, só viajo para cidades onde possa enfardar os maravilhosos burgers vegetarianos do Hard Rock... deixem-me!) que há 5 coisas que não podes deixar de fazer em Bruxelas. São aquelas 5 coisas que vão fazer com que conheças o melhor que aquela cidade tem para oferecer.

Esta lista não inclui os sítios a visitar, mas é até uma boa ideia para um post seguinte, os 5 sítios a visitar em Bruxelas. Ora então, segue a lista:


1. Comer gaufres


São ótimos e estão por todo o lado. Não é nada difícil encontrar uma banquinha, uma casa ou uma qualquer patisserie que os tenha. Lá estão eles, de Bruxelas ou de Liège (que para mim são os melhores), simples, com açúcar, com chocolate, com chantilli ou com diferentes caldas. Ou então mais elaborados, com frutas, gelados, ou com speculoos (que nasceu bolacha mas que por lá é mais conhecido em forma de pasta de barrar).
O meu querido marido, expert na matéria, diz que os melhores de todos são os da Belgaufra (apesar de, ao que parece, haver agora muito menos lojas desta cadeia em Bruxelas). Mas não se acanhem, provem um de cada, um em cada sítio e decidam por vocês mesmos.



2. Comer batatas fritas


Belgium fries, e não as tradicionais french fries que comemos em todo lado. Mais grossas e por isso mais cremosas no interior, sempre acompanhadas por um molho à escolha. Como os gaufres, estão por todo lado (o raio da cidade cheira a comida que se farta). Vendem-se em cones, de papel ou cartão, como se fossem cones de castanhas assadas, o que facilita o transporte e torna as batatas fritas num snack perfeito para quem anda de um lado para o outro a visitar. Tem a parte chata de ter calorias que nunca mais acabam, gordura que nunca mais acaba mas, hei, toda a gente sabe que as calorias de férias não pegam.



3. Beber cerveja belga


As cervejas belgas são famosas e são muitos os que as procuram. Desta vez tive que saltar este ponto, infelizmente o meu fraco estômago relaciona-se muito mal com a cerveja e por isso teve que ficar para outra vez. Da primeira vez que lá estive lembro-me de ter provado algumas e de ter gostado, mas não me lembro de grande coisa mais.
Há várias lojas só de cervejas pela cidade, e claro, podem ser também consumidas em todos os restaurantes, cafés e afins.

FONTE: Pesquisa Google


4. Comer chocolates belgas


Não só comer mas passear pelas ruas com sacos das lojas de chocolates é uma cena típica de turistas em Bruxelas. Tal como todos os pontos anteriores, não se preocupem, eles estão por todo o lado. Em lojas só de chocolates, nas lojas de souveniers, como oferta com os cafés. Se pensam que conseguem passear por Bruxelas sem se sentirem tentados, esperem só até passarem por uma fonte de chocolate.



5. Comer mexilhões


Perguntem-me porquê. Não faço ideia! Mas porta sim, porta sim, vendem-se pratos com mexilhões. E porta sim, porta sim, há locais e turistas a comer mexilhões. Se aconselho? Não, que eu não aconselho ninguém a comer animais. Mas se faz parte da vossa dieta habitual, quem sou eu para dizer para não experimentarem? Só não sei se são bons, se são iguais ou diferentes do que se cozinha por cá. Mas que até há um festival disso em Bruxelas, lá isso há.

FONTE: Pesquisa Google


Se foram a Bruxelas e fizerem estas cinco coisas - parabéns - ficam classificados como verdadeiros turistas daquela cidade com nota máxima! A mim, este ano, coube-me apenas uma honrosa nota 3. Já não é mau, certo? Pelo menos deu para passar...

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A dança das cadeiras

Portanto, sai o Gaspar:

Depois entra a ministra nova e, amuadinho, sai o Portas:

E depois, quando todos já comemorávamos, o Portas entra outra vez:

Enfim, como diz a música,
E é isto que se passa
No país onde eu moro
Parece história de novela
Não se eu rio ou se choro
Hoje a porta da saída
Amanhã serve de entrada
Isto é um entra e sai
Parece a casa do Big Bráda!

Isto se não fosse muito sério, até era bem cómico (vénias ao Vasco Palmeirim).

domingo, 2 de junho de 2013

Melhor vídeo de sempre!

Ainda em modo "dia mundial da criança", a verdade é - porquê parar no the end? O Jon não parou...


LYRICS
If you've ever wondered why
Disney's tales all end in lies
Here's what happened after all their dreams came true

Ariel
I loved being princess down in -- this beautiful ocean blue
But mermaids are going missing -- they end up in someone's stew
So just try to put yourself in -- to somebody else's gills
You're killing my ecosystem -- with fishing and oil spills
Thank you BP, thank you BP
The British are killing, oil is spilling
Now I can't see... MY EYES!
Chinamen feast on Flounder's fins
Plus the Japanese killed all my whale friends
Oceans are browning, I think I'm drowning
Thanks to BP
YOU SUCK!

Jasmine
Hey, I'm OK, but I'm slightly scared
My husband's a mark for the War on Terror
Aladdin was taken by the CIA
We're not Taliban
You've got the wrong man
In Guantanamo Bay
Prince Ali, where could he be, drowning in wawa
Interrogation from the nation of the "free"
Bin Laden's taken the fall
We're not trained pilots at all
Jafar went crazy and no one put up a fuss
We're for freedom, Genie can vouch for us
Bush was crazy, Obama's lazy, al-Qaeda's not in this country
Set free my Prince Ali

Belle
A whore! A whore!
A whore, a whore, a whore!
This town's gone wild since I married Adam
They think I'm going straight to hell
But the charges laid on me
Of bestiality
Could wind up getting me thrown in a cell
No, I'm overrun by mad men
I hear they plan to burn me at the stake
They legit believe I'm Satan
And now I hear that PETA's gonna take my beast away

Pocahontas
After John Smith traveled back to England
I helped my people cultivate the fields
More English, French, and Spaniards came to visit
And they greeted us with guns and germs and steel
They forced us into unknown lands of exile
They pillaged, raped, and left us all for dead
So now I'm far more liberal with a weapon
When I separate their bodies from their heads
Have you ever held the entrails of an English guy?
Or bit the beating hearts of Spanish men?
Can you shoot an arrow in some French guy's eyeball?
Can you paint with the red colors in these men
I can murder if I please
Cause I'm dying of disease
I can paint with the red colors in these men

Thanks to BP
Where's Prince Ali?
Bestiality
I've got STDs

domingo, 14 de abril de 2013

A cidade do Vaticano explicada

Mais um excelente vídeo do CGPGrey. Mas afinal, como funciona esta cidade/estado? Eis a resposta:

domingo, 7 de abril de 2013

O que pensam os portugueses de Portugal

É interessante ver o documentário que o ator Diogo Morgado (parece que é Hot Jesus, para os amigos) fez no ano passado, a propósito da iniciativa "Portugal, O Melhor Destino".

domingo, 31 de março de 2013

Night train to Lisbon



Uma coisa é certa - há filmes que entram por nós a dentro sem pedirem licença, sem que percebamos ou sem que lhe demos autorização.

Foi assim com este filme.

Fui tomada de assalto logo pelo cartaz, e nem foi preciso ver nenhum trailer para começar a dizer a toda a gente "temos que ir ver este filme".

Sobre o filme, apetecia-me sentar aqui e contar a história do início a fim, mas prometo conter-me.
É baseado na obra homónima de Pascal Mercier (ainda é muito cedo para pedinchar prendas de Natal, não é?), realizado por Bille August e conta a história de Raimund Gregorius (Jeremy Irons) um professor suiço que o acaso, ou a curiosidade, trazem no comboio noturno para Lisboa. Tudo o que ele tinha era o bilhete de comboio, um casaco vermelho de uma desconhecida, e um livro de Amadeu de Almeida Prado, "O ourives das palvras". Foi o que bastou para que se deslumbrasse pela escrita e pela história de um homem, médico vem a saber, e das personagens do seu livro, que relata uma impressionante história de crescimento e resistência anti-fascista.

Não falta nada - amores, desamores, resistência, torturas, relações familiares. A vida do jovem Amadeu serve de mote a toda uma descoberta interior de Raimund, mas também nossa, já que somos levados pelo professor na sua descoberta do livro e de Lisboa, que nos é presenteada sob tantos dos seus maravilhosos ângulos.

É um filme fenomenal, tão filosófico como cativante, que certamente nos deixará a todos mais ricos.

Mas antes do habitual trailer, uma ideia do filme que não me sai da cabeça. Diz a certa altura o jovem Amadeu (ou o professor, não sei bem) que quando visitamos um sítio novo deixamos lá uma parte de nós que só recuperamos quando lá voltamos. É isso mesmo...

Fica então o trailer, do filme que tem uns muito parcos 6,8/10 no IMDb.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Mama


Basta falarem 10 minutos sobre cinema comigo para saberem uma coisa - eu não vejo filmes de terror. Por isso foi de estranhar quando eu disse "ah, acho que podíamos ver o Mama, parece giro".
Dica imediatamente aproveitada - e ainda bem, digo eu - lá fomos ver o filme que me conquistou logo pelo trailer.

Mama é um filme de Andres Muschietti que conta a história de duas meninas (Megan Charpentier e Isabelle Nélisse) que passam anos sozinhas numa cabana, depois de uma série de acontecimentos trágicos, e que sobrevivem sob a proteção de uma criatura a quem chamam de Mamã até serem encontradas pelo tio (Nikolaj Coster-Waldau) e pela namorada (Jessica Chastain). Os tios contam ainda com a ajuda do psiquiatra que as acompanha, interpretador por Daniel Kash.

Uma história comovente de amor, carregada de emoção e arrepior. Não, não é um filme de terror hard core. Mas é suficientemente inquietante para ter saido de lá cansada de tanto sobressalto.

A verdade é que adorei! Descontanto o normal exagero de filmes sobrenaturais, acho que a história está bem montada e cativa do início ao fim. Tem sustos, tem momentos nojentos, tem até momentos divertidos. E um final inesperado.

Fica a recomendação - o filme tem apenas 6,5/10 no IMDb - e, como sempre, o trailer:

quarta-feira, 13 de março de 2013

Harlem shake

Já ouviram falar em harlem shake? Parece que até há pouco tempo atrás era um tipo de dança antigo, a quem poucos ligavam, e que agora, graças a um vídeo viral (que se transformou num milhão), anda nas bocas do mundo. Antes de mais, o harlem shake pelos olhos das crianças:


E depois, o harlem shake mais próximo que vi. Enfim, esta gente tem criatividade a mais e precisa de ser libertada. Olhem, eu gostei muito:


Já agora, vejam o vídeo e, se possível, ajudem a divulgá-lo. Vá lá, eles merecem.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Porque é que hoje é o último dia do mês?

Porque hoje é o último dia do mês é também o dia em que acaba esta maratona de posts que decidi fazer em fevereiro. Foi bom para ganhar embalo, mas admito que um post por dia é um bocadinho demais para o tempo que tenho disponível.

Posto isto, e porque hoje é o último dia do mês mas podia não ser, aqui fica um vídeo que explica a existência de anos bissextos. Para aprender ou recordar porquê que noutro ano ainda podíamos estar apenas a desejar que chegasse o dia de S. Receber.


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Django Unchained


A um dia da cerimónia dos Oscars, fui ver mais um dos possíveis melhores filmes deste ano: Django Libertado, como foi batizado em terras lusas. Estava muito ansiosa para ver este filme, tal era a quantidade de pessoas que me tinha dito bem dele, mas também tal é a polémica que o rodeia.

Antes de mais: gostei muito!

Este é mais um filme do grande Quentin Tarantino e claro que por isso podemos logo contar com duas coisas: vamo-nos rir muito e vamos descobrir que afinal as pessoas têm muito mais litros de sangue do que aquilo que pensávamos.

Django Unchained fala duma época pré guerra civil americana, em que a escravatura ainda é admitida nos estados do sul, uma época onde pessoas eram vendidas como carga e usadas como os seus donos bem entendessem. O filme conta com um elenco de luxo - Jamie Foxx, Christoph Waltz e Leonardo DiCaprio, cada um deles a abrilhantar a história com as suas atuações.

Muito resumidamente, porque seria uma pena estragar-vos a experiência de verem o filme, o filme conta a história de um dentista alemão, caçador de recompensas e anti-escravatura, que compra e liberta um escravo para obter a sua ajuda para encontrar um trio de procurados, e acaba a ajudá-lo a encontrar a sua mulher.
O filme tem cenas brutais envolvendo escravos: chicoteamentos, lutas de escravos (como as lutas de cães de hoje), torturas, tiroteios. Mas muito humor, planos diferentes e, claro, sangue.

É violento? É! Mostra as barbaridades que se faziam aos escravos os EUA? Mostra! Mas a realidade é que tempos houve onde a vida de pessoas, apenas pela cor da sua pele, era violenta e cheia de barbaridades. E quanto às polémicas de que o filme incita ao racismo (as action figures do filme foram proibidas o Ebay), o que eu acredito é que nunca devemos esquecer erros do passado. Relembrar é não esquecer.

Vejam o filme e tirem as vossas conclusões. O filme está com 8,6/10 no IMDb, e como sempre, aqui fica o trailer:


E prognósticos para os Oscars, têm?

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Cloud atlas


No sábado fui ao cinema ver um filme do ano passado, que estava com muita pena de não ter conseguido ver no cinema. Felizmente ainda há duas salas em Portugal com o cinema em cartaz, e uma delas era no C. C. Alegro.

Cloud Atlas é um filme de Lana e Andy Wachowski (de Matrix e as suas sequelas e V for Vendetta, por exemplo) e Tom Tykwer (de Perfume: The Story of a Murderer, por exemplo).

A sinopse oficial do filme caracteriza-o completamente:
Uma exploração de como as ações de vidas individuais têm impacto noutras no passado, presente e futuro, ao mesmo tempo que uma alma é transformada de assassino a herói, e um ato de bondade ondula através dos séculos para inspirar uma revolução. (tradução minha)

A história do filme passa-se em 6 tempos diferentes, do século XIX a uma era pós-apocalíptica, com diversos fios condutores que ligam todas as histórias e que, no fim, justificam toda a trama (a música, a escravatura, a energia nuclear, mas acima de tudo, as relações humanas, os atos de bondade e de malvadez).

Cloud Atlas conta ainda com um elenco de luxo – Tom Hanks, Halle Berry, Jim Broadbent, Hugo Weaving (sim, o Mr. Smith, que faz de mau como ningém), Jim Sturgess, Doona Bae, Ben Whishaw, James D'Arcy, Zhou Xun, Keith David, David Gyasi, Susan Sarandon e Hugh Grant – e uma banda sonora impressionante. E também fotografia, é preciso dizer.

Foi um filme que me prendeu à cadeira do início ao fim. É um filme nada previsível, num enredo bem pensado e bem montado, que nos aponta uma série de fragilidades do ser humano e que nos faz pensar naquilo que temos hoje como sociedade. A escravatura atual será assim tão diferente da escravatura do século XIX? E para onde é que vamos?

Recomendo muito que vejam este filme. É daqueles cheio de citações boas para usar no dia a dia (quando é que passo a tomar nota destas coisas?...). Está classificado no IMDb com uma nota de 7,9/10, e como sempre fica o trailer:

domingo, 10 de fevereiro de 2013

A chata

Já conhecem este novo projeto, os Ultraleve, com o Nuno Figueiredo dos Virgem Suta e o Bruno Vasconcelos dos Pinto Ferreira?

Eu cá gosto muito desta música, mas ainda não me decidi quanto à letra. Chatas? Nós? Não percebo...



A chata - Ultraleve

Dizes que não gostas de mentiras
Que estás farta de conversas
Que és bem diferente das outras
Que me andam a rondar

Dizes que és de outra colheita
Duma casta apurada
Que teu sangue em pouco ferve
Basta-me para ti olhar

Teimas que sou como os outros
Que não se aproveita um só
De tão previsíveis serem
Homens até te dão dó

Dizes que não te mereço
Mas não arredas teu pé
Ainda agora aqui cheguei
E olha, voltava pró café

Não me venhas com conversas
Outra vez a mesma fita
Não aguento a desdita
És uma chata
Basta tanta conversa barata
Não vale nem a beata
Deste cigarro que fumo
És uma chata

Dizes que não gostas de ilusões
Teus sonhos eram outros
Que estas farta dos serões
A navegar na Internet

Desejas um novo rumo
Já baixaste o salva-vidas
E à força queres-me ao leme
No teu mar de frustrações

Mas se eu sou igual aos outros
O que esperas tu de mim?
Antes só que em companhia
De quem se diz tão ruim

Sou má peça eu bem sei
E nunca te escondi
Mas também nunca te dei
Menos do que prometi

Não me venhas com conversas
Outra vez a mesma fita
Não aguento a desdita
És uma chata
Basta tanta conversa barata
Não vale nem a beata
Deste cigarro que fumo
És uma chata

És uma chata

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Zero Dark Thirty



Mais uma coisa que não tenho feito é escrever sobre os filmes que vejo. Fica já aqui a minha opinião sobre o último, mas pretendo recuperar alguns dos que vi antes.

0:30 A hora negra é mais uma pérola da Kathryn Bigelow. A senhora tem de facto uma sensibilidade especial para fazer filmes que tipicamente não seriam feitos por mulheres (o que já lhe valeu um Oscar).

O filme retrata a história verídica da captura de Osama Bin Laden (OBL para os amigos), vista através dos olhos da mulher que o conseguiu depois de anos de trabalho, pesquisa, e também muitas lutas internas para se fazer ouvir.

Relata também (de forma suavizada, não tenho dúvida nenhuma disso), os apertões dados em interrogatórios enquanto se ouve o presidente dos EUA a dizer que nenhum detido por americanos é maltratado. Passa um bocadinho a ideia de que os fins justificam os meios, e quem está no terreno é que sabe o que é preciso, mas aí entra a nossa consciência de espectadores para distinguir isso.

A personagem principal é então Maya, interpretada de forma brilhante pela jovem atriz Jessica Chastain. Ar de inocente e transtornada q.b., em bom mix com determinação desaustinada e uma mente brilhante.

O filme não tem efeitos espetaculares e é composto por um desfile de planos quase em jeito de documentário, que lhe dá um ar credível de quem está mesmo a ver o que aconteceu. Penso que é nesse ponto que se reflete a grande mestria da realizadora.

Por aqui fica a recomendação deste filme, que está no IMDb com uma pontuação de 7,7/10. E claro, fica também o trailer.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Better together

Para ouvir a dois à lareira, de capuccino ou chá na mão, nas noites frias de fim-de-semana. Fofinho!



Better together - Jack Johnson

There's no combination of words I could put on a back of a postcard
No song that I could sing, but I can try for your heart
Our dreams, and they are made out of real things, like a shoebox of photographs with sepia-toned lovin
Love is the answer for at least for most of the questions of my heart
Like, Why are we here? And where do we go? And how come it's so hard?
It's not always easy and sometimes life can be deceiving
I'll tell you one thing, it's always better when we're together

Mmm, it's always better when we're together
Yeh, we'll look at the stars when we're together
Well it's always better when we're together
Yeh, it's always better when we're together

And all of these moments just might find their way into my dreams tonight
But I know that they'll be gone when the morning light sings
Or brings new things for tomorrow night You see that they'll be gone too,
Too many things I have to do
But if all of these dreams might find their way into my day to day scene
I'd be under the impression, I was somewhere in between
With only two, just me and you, not so many things we got to do
Or places we got to be, we'll sit beneath the mango tree now

Yeh, it's always better when we're together
Mmm, we're somewhere in between together
Well, it's always better when we're together
Yeh, it's always better when we're together

Mmm, mmm, mmm, mmm, mmm, mmm, mmm, mmm, mmm, mmm, mmm, mmm

Mmm, mmm

I believe in memories
They look so, so pretty when I sleep
And when I wake up you look so pretty sleeping next to me
But there is not enough time
And there is no, no song I could sing
And there is no combination of words I could say
But I will still tell you one thing
We're better together


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Aristides de Sousa Mendes - O Cônsul de Bordéus


Tenho deixado alguns filmes sem o seu devido lugar de destaque aqui no meu blog. Falta-me o tempo livre para escrever, e depois passa uma semana e já acho que não vale a pena.

Mas este não pode mesmo ficar sem referência.

O Cônsul de Bordéus é um filme sobre Aristides de Sousa Mendes, o herói português que salvou milhares de judeus durante a segunda guerra mundial através do seu cargo diplomático, mas que, infelizmente, é ainda tão desconhecido entre a maioria dos seus compatriotas.

O filme, de João Corrêa e Francisco Manso, conta com um elenco de luxo (Vítor Norte no papel principal, Carlos Paulo como o rabino, Leonor Seixas, Laura Soveral, Pedro Cunha, Joaquim Nicolau, São José Correia, Manuel de Blas e Miguel Borines) e uma banda sonora impressionante para contar a história do cônsul. Em plena guerra, com claras instruções do governo português para selecionar os merecedores de visto para entrar em Portugal, com ordens expressas para não passar vistos a judeus, e perante o desespero dos refugiados e perseguidos, Aristides de sousa Mendes fez-se valer da sua posição e do poder que o cargo lhe conferia para autorizar a entrada de milhares de judeus em Portugal. Trinta mil visto, mais precisamente, dos quais cerca de dez mil judeus.

Foi em 1940 que, aconselhado pelo Rabino Jacob Kruger, decidiu desobedecer à famosa circular 14, de Salazar, e conceder os vistos que viriam a ser a única salvação para milhares de pessoas. O filme retrata ainda a determinação do homem que, depois de afastado do cargo por não cumprir ordens superiores, conduz ele próprio uma coluna de carros com refugiados, conseguindo que estes atravessem a fronteira com Espanha, valendo-se da falta de comunicação a que um dos postos fronteiriços se encontrava remetido.
A história, como qualquer biografia ou relato de acontecimento histórico que se preze, é conduzida através da história pessoal de uma família (suponho que fictícia), no fundo um dos muitos exemplos das histórias reais que se cruzaram com a história do cônsul. Bonita e que emociona.

O filme relata ainda o facto de ter sido afastado do cargo, mas não as penalizações e todas as represálias que o governo lhe impôs. Nem que foi a comunidade judaica em Lisboa que o ajudou a ele e à sua numerosa família, nem que a hipocrisia do Estado Novo chegou ao ponto de lhe reconhecer os feitos finda a guerra, sem nunca porém o readmitir no corpo diplomático. Relembra-nos apenas de que morreu na miséria em 1954.
Aristide de Sousa Mendes, um homem de origem nobre, de fortes valores familiares (teve 14 filhos), viu a sua carreira diplomática ser reconhecida mais no estrangeiro que em Portugal mesmo antes da guerra, recebendo distinções oficiais belgas enquanto diplomata lá. Muitos foram os reconhecimentos e homenagens que recebeu lá fora após a guerra, mas só em 1986 o Estado português reabilitou o diplomata e pediu desculpas formais à sua família.

Era um filme mais que necessário, uma merecida e justa homenagem a Aristides de Sousa Mendes, e acima de tudo, a divulgação da vida de um herói esquecido e ostracizado. Mas para além disso, mais uma execelente obra do cinema português, um filme bomn que recomendo. Como sempre, no IMDB está com uma classificação de 6,7/10, e fica o trailer para vos aguçar a curiosidade:



Para mais informações sobre Aristides de Sousa Mendes.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Conhecem este anúncio?


Não é a primeira vez que a gigante sueca faz anúncios com animais de estimação. Este é daqueles que me transmite uma mensagem tão aconchegante, que só me apetece ir à rua buscar todos os cães que dormem ao frio e à chuva. E a verdade é que eles se dedicam a nós como muitas pessoas nunca o saberão fazer.

Aproveitando o anúncio, aproveitando que falamos de quem vê a mesa noutro ângulo até ocupar a sua cadeira, aqui fica mais um apelo a não abandonarem os animais (procurem primeiro ajuda junto de outras pessoas ou associações que os possam acolher) e, principalmente, a ponderarem bem na hora de adotarem (ou comprarem) um. São seres vivos que precisam de cuidados, mas também de carinho, que no dia em que são postos na rua lhes custa mais a solidão ou as saudades do que a fome ou o frio.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Wreck-it Ralph



Já não ia há algum tempo ao cinema (embora tenham ficado um ou dois filmes por analisar por aqui), mas o de ontem não podia ficar sem análise.

Força Ralph, como foi batizado por este cantinho há beira mar plantado, fala do universo das máquinas de arcada, das suas personagens que, numa ótica muito Toy Story, vivem as suas próprias vidas depois de fechadas as portas do salão de jogos.
E se o Ryu e o Ken podem ir beber uns copos depois de passarem o dia inteiro à tareia um com o outro, o pobre do Ralph, que é o vilão do seu jogo, não se podia sentir pior ao ter que voltar a cada noite para a pilha de tijolos em que vive, enquanto todos os seus vizinhos vivem refastelados na cobertura. A partir daqui é tudo bom!

Uma estação central que une todos os mundos (ou uma ficha múltipla que liga todas as máquinas), personagens que se encontram para conviver, personagens que se encontram para desabafar, personagens sem-abrigo porque as suas máquinas foram levadas, o Sonic a dar instruções de segurança, mauzões, bonzinhos, personagens ludibriadas por vilões disfarçados (que bela fotografia dos dias de hoje). Neste filme há de tudo. E a lista dos jogos que marcaram as nossas infâncias e adolescências é tão grande, que só por isso é impossível não adorar.
E há ainda aquela bonita lição de amizade e dedicação, de esforço e perseverança, e de recompensa. Enfim, tudo está bem quando acaba em bem.

É uma película para toda a família, embora como em tantos outros filmes de animação, acho que os miúdos nunca conseguem aproveitar o filme ao máximo. Uma boa parte é feita para os cotas, deliciados com os heróis dos anos 80 e 90.

Vale mesmo a pena verem este filme, para mim já está no top das minhas animações favoritas. A única coisa que tenho a apontar é o facto de não estar disponível no cinema a versão original. Gosto muito das versões portuguesas, esta é mais uma muito boa, mas não nos darem a oportunidade de escolher que versão queremos ver no cinema, já acho um bocadinho demais. No IMDb está com 8,4/10, e aqui fica o trailer: