segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Cloud atlas


No sábado fui ao cinema ver um filme do ano passado, que estava com muita pena de não ter conseguido ver no cinema. Felizmente ainda há duas salas em Portugal com o cinema em cartaz, e uma delas era no C. C. Alegro.

Cloud Atlas é um filme de Lana e Andy Wachowski (de Matrix e as suas sequelas e V for Vendetta, por exemplo) e Tom Tykwer (de Perfume: The Story of a Murderer, por exemplo).

A sinopse oficial do filme caracteriza-o completamente:
Uma exploração de como as ações de vidas individuais têm impacto noutras no passado, presente e futuro, ao mesmo tempo que uma alma é transformada de assassino a herói, e um ato de bondade ondula através dos séculos para inspirar uma revolução. (tradução minha)

A história do filme passa-se em 6 tempos diferentes, do século XIX a uma era pós-apocalíptica, com diversos fios condutores que ligam todas as histórias e que, no fim, justificam toda a trama (a música, a escravatura, a energia nuclear, mas acima de tudo, as relações humanas, os atos de bondade e de malvadez).

Cloud Atlas conta ainda com um elenco de luxo – Tom Hanks, Halle Berry, Jim Broadbent, Hugo Weaving (sim, o Mr. Smith, que faz de mau como ningém), Jim Sturgess, Doona Bae, Ben Whishaw, James D'Arcy, Zhou Xun, Keith David, David Gyasi, Susan Sarandon e Hugh Grant – e uma banda sonora impressionante. E também fotografia, é preciso dizer.

Foi um filme que me prendeu à cadeira do início ao fim. É um filme nada previsível, num enredo bem pensado e bem montado, que nos aponta uma série de fragilidades do ser humano e que nos faz pensar naquilo que temos hoje como sociedade. A escravatura atual será assim tão diferente da escravatura do século XIX? E para onde é que vamos?

Recomendo muito que vejam este filme. É daqueles cheio de citações boas para usar no dia a dia (quando é que passo a tomar nota destas coisas?...). Está classificado no IMDb com uma nota de 7,9/10, e como sempre fica o trailer:

2 comentários:

Bruno Martins disse...

O facto de não ter tido sequer uma nomeação aos Oscars, deixa bem claro o nível de inquietação que este filme provoca. Só o medo do desconhecido e a tacanhez permitem deixar de fora dos encómios o, provavelmente, melhor filme do ano.

bj
BM

Ana disse...

Verdade!

xx