Tenho deixado alguns filmes sem o seu devido lugar de destaque aqui no meu blog. Falta-me o tempo livre para escrever, e depois passa uma semana e já acho que não vale a pena.
Mas este não pode mesmo ficar sem referência.
O Cônsul de Bordéus é um filme sobre Aristides de Sousa Mendes, o herói português que salvou milhares de judeus durante a segunda guerra mundial através do seu cargo diplomático, mas que, infelizmente, é ainda tão desconhecido entre a maioria dos seus compatriotas.
O filme, de João Corrêa e Francisco Manso, conta com um elenco de luxo (Vítor Norte no papel principal, Carlos Paulo como o rabino, Leonor Seixas, Laura Soveral, Pedro Cunha, Joaquim Nicolau, São José Correia, Manuel de Blas e Miguel Borines) e uma banda sonora impressionante para contar a história do cônsul. Em plena guerra, com claras instruções do governo português para selecionar os merecedores de visto para entrar em Portugal, com ordens expressas para não passar vistos a judeus, e perante o desespero dos refugiados e perseguidos, Aristides de sousa Mendes fez-se valer da sua posição e do poder que o cargo lhe conferia para autorizar a entrada de milhares de judeus em Portugal. Trinta mil visto, mais precisamente, dos quais cerca de dez mil judeus.
Foi em 1940 que, aconselhado pelo Rabino Jacob Kruger, decidiu desobedecer à famosa circular 14, de Salazar, e conceder os vistos que viriam a ser a única salvação para milhares de pessoas. O filme retrata ainda a determinação do homem que, depois de afastado do cargo por não cumprir ordens superiores, conduz ele próprio uma coluna de carros com refugiados, conseguindo que estes atravessem a fronteira com Espanha, valendo-se da falta de comunicação a que um dos postos fronteiriços se encontrava remetido.
A história, como qualquer biografia ou relato de acontecimento histórico que se preze, é conduzida através da história pessoal de uma família (suponho que fictícia), no fundo um dos muitos exemplos das histórias reais que se cruzaram com a história do cônsul. Bonita e que emociona.
O filme relata ainda o facto de ter sido afastado do cargo, mas não as penalizações e todas as represálias que o governo lhe impôs. Nem que foi a comunidade judaica em Lisboa que o ajudou a ele e à sua numerosa família, nem que a hipocrisia do Estado Novo chegou ao ponto de lhe reconhecer os feitos finda a guerra, sem nunca porém o readmitir no corpo diplomático. Relembra-nos apenas de que morreu na miséria em 1954.
Aristide de Sousa Mendes, um homem de origem nobre, de fortes valores familiares (teve 14 filhos), viu a sua carreira diplomática ser reconhecida mais no estrangeiro que em Portugal mesmo antes da guerra, recebendo distinções oficiais belgas enquanto diplomata lá. Muitos foram os reconhecimentos e homenagens que recebeu lá fora após a guerra, mas só em 1986 o Estado português reabilitou o diplomata e pediu desculpas formais à sua família.
Era um filme mais que necessário, uma merecida e justa homenagem a Aristides de Sousa Mendes, e acima de tudo, a divulgação da vida de um herói esquecido e ostracizado. Mas para além disso, mais uma execelente obra do cinema português, um filme bomn que recomendo. Como sempre, no IMDB está com uma classificação de 6,7/10, e fica o trailer para vos aguçar a curiosidade:
Para mais informações sobre Aristides de Sousa Mendes.
Mas este não pode mesmo ficar sem referência.
O Cônsul de Bordéus é um filme sobre Aristides de Sousa Mendes, o herói português que salvou milhares de judeus durante a segunda guerra mundial através do seu cargo diplomático, mas que, infelizmente, é ainda tão desconhecido entre a maioria dos seus compatriotas.
O filme, de João Corrêa e Francisco Manso, conta com um elenco de luxo (Vítor Norte no papel principal, Carlos Paulo como o rabino, Leonor Seixas, Laura Soveral, Pedro Cunha, Joaquim Nicolau, São José Correia, Manuel de Blas e Miguel Borines) e uma banda sonora impressionante para contar a história do cônsul. Em plena guerra, com claras instruções do governo português para selecionar os merecedores de visto para entrar em Portugal, com ordens expressas para não passar vistos a judeus, e perante o desespero dos refugiados e perseguidos, Aristides de sousa Mendes fez-se valer da sua posição e do poder que o cargo lhe conferia para autorizar a entrada de milhares de judeus em Portugal. Trinta mil visto, mais precisamente, dos quais cerca de dez mil judeus.
Foi em 1940 que, aconselhado pelo Rabino Jacob Kruger, decidiu desobedecer à famosa circular 14, de Salazar, e conceder os vistos que viriam a ser a única salvação para milhares de pessoas. O filme retrata ainda a determinação do homem que, depois de afastado do cargo por não cumprir ordens superiores, conduz ele próprio uma coluna de carros com refugiados, conseguindo que estes atravessem a fronteira com Espanha, valendo-se da falta de comunicação a que um dos postos fronteiriços se encontrava remetido.
A história, como qualquer biografia ou relato de acontecimento histórico que se preze, é conduzida através da história pessoal de uma família (suponho que fictícia), no fundo um dos muitos exemplos das histórias reais que se cruzaram com a história do cônsul. Bonita e que emociona.
O filme relata ainda o facto de ter sido afastado do cargo, mas não as penalizações e todas as represálias que o governo lhe impôs. Nem que foi a comunidade judaica em Lisboa que o ajudou a ele e à sua numerosa família, nem que a hipocrisia do Estado Novo chegou ao ponto de lhe reconhecer os feitos finda a guerra, sem nunca porém o readmitir no corpo diplomático. Relembra-nos apenas de que morreu na miséria em 1954.
Aristide de Sousa Mendes, um homem de origem nobre, de fortes valores familiares (teve 14 filhos), viu a sua carreira diplomática ser reconhecida mais no estrangeiro que em Portugal mesmo antes da guerra, recebendo distinções oficiais belgas enquanto diplomata lá. Muitos foram os reconhecimentos e homenagens que recebeu lá fora após a guerra, mas só em 1986 o Estado português reabilitou o diplomata e pediu desculpas formais à sua família.
Era um filme mais que necessário, uma merecida e justa homenagem a Aristides de Sousa Mendes, e acima de tudo, a divulgação da vida de um herói esquecido e ostracizado. Mas para além disso, mais uma execelente obra do cinema português, um filme bomn que recomendo. Como sempre, no IMDB está com uma classificação de 6,7/10, e fica o trailer para vos aguçar a curiosidade:
Para mais informações sobre Aristides de Sousa Mendes.
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