Quatro euros é o que nos separa de conhecer mais esta relíquia do coração de Lisboa. Muitos nunca terão ouvido falar, outros tantos não fazem ideia de onde é. Mas o certo é que passeando por Lisboa, se encontram muitos tesouros escondidos. E foi assim que, começando com a barriga (demasiado) cheia na rua da Madalena, passando pela Fundação Saramago que está fechada ao domingo, subindo por ruelas e escadinhas de Alfama, tudo se resumiu a “vamos descobrir aquela igreja que se vê ali ao fundo”.
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Ainda após uma passagem pelo Largo da Graça (ótimo para descansar as pernas e os olhos, já que a vista sobre Lisboa é linda), descendo a rua Voz do Operário lá demos com a dita igreja, que descobrimos ser a Igreja de São Vicente de Fora (embora hoje ache que o que andávamos à procura era da Igreja de Santa Engrácia). A igreja estava também fechada (senhores, Lisboa está cheia de turistas, não tenham os monumentos fechados ao fim-de-semana!), mas por uma porta lateral lá se vê a entrada do Mosteiro, um pequeno pátio que convida a uma pausa para leitura (afortunados os que por ali vivem). A entrada é paga, como disse, mas a verdade é que 4€ é um preço bastante acessível (ainda com os descontos normais, que não incluem estudantes de 27 anos, ainda que se pensarmos bem, eu cá pago as mesma propinas que os mais novos).
A visita ao interior não podia ser uma surpresa maior: para além do interior cheio de pormenores – azulejos, paredes com desenhos em mármore, tetos decorados, quadros – existem ainda uma série de exposições que compõem o ramalhete.
Uma exposição que traça a linha histórica dos sucessivos cardeais patriarcas de Lisboa, em paralelo com diversos factos históricos, com os reis, depois com os presidentes da república eleitos e com os papas. A acompanhar a exposição uma série de artefactos relacionados com os cardeais patriarcas, desde roupas a pratas, pinturas, entre outros.
Outro ponto de visita do Mosteiro é o panteão dos Bragança – sim, restos mortais de reis, rainhas, príncipes e princesas, entre os quais a minha favorita de todos os tempos, a (maluca da) D. Carlota Joaquina. Quando entrarem não se assustem com a estátua de mármore que se encontra no interior, duma mulher de mãos no rosto a chorar junto dos túmulos do D. Carlos I e do seu filho D. Luís Filipe, que foram assassinados em 1908 no atentado republicano. Simboliza a tristeza do povo pelos seus mártires (tão tristes que nós ficámos, que dois anos estávamos a correr com o sucessor).
Por fim, no mosteiro podem também ver uma exposição sobre as Fábulas de La Fontaine, em painéis de azulejo acompanhados com a fábula respetiva. Muito gira, e sempre se aprendem umas coisas a ler fábulas (como por exemplo, se tiveres uma galinha que põe ovos de ouro não a mates, porque vais ficar sem os ovos e sem a galinha).
Ah, e há ainda uma exposição de búzios, conchas e outros bivalves. Ficarão impressionados com a quantidade e com o tamanho mínimo de algumas conchas.
A visita ao mosteiro inclui a cisterna, o claustro, altar ao Santo António, as torres da igreja (outra vista espetacular sobre Lisboa), para além de todos os aspetos que já mencionei antes. Se tiverem oportunidade é uma visita que vale bastante a pena.
E fazer de turista na nossa própria cidade é sempre tão interessante.
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Ainda após uma passagem pelo Largo da Graça (ótimo para descansar as pernas e os olhos, já que a vista sobre Lisboa é linda), descendo a rua Voz do Operário lá demos com a dita igreja, que descobrimos ser a Igreja de São Vicente de Fora (embora hoje ache que o que andávamos à procura era da Igreja de Santa Engrácia). A igreja estava também fechada (senhores, Lisboa está cheia de turistas, não tenham os monumentos fechados ao fim-de-semana!), mas por uma porta lateral lá se vê a entrada do Mosteiro, um pequeno pátio que convida a uma pausa para leitura (afortunados os que por ali vivem). A entrada é paga, como disse, mas a verdade é que 4€ é um preço bastante acessível (ainda com os descontos normais, que não incluem estudantes de 27 anos, ainda que se pensarmos bem, eu cá pago as mesma propinas que os mais novos).
A visita ao interior não podia ser uma surpresa maior: para além do interior cheio de pormenores – azulejos, paredes com desenhos em mármore, tetos decorados, quadros – existem ainda uma série de exposições que compõem o ramalhete.
Uma exposição que traça a linha histórica dos sucessivos cardeais patriarcas de Lisboa, em paralelo com diversos factos históricos, com os reis, depois com os presidentes da república eleitos e com os papas. A acompanhar a exposição uma série de artefactos relacionados com os cardeais patriarcas, desde roupas a pratas, pinturas, entre outros.
Outro ponto de visita do Mosteiro é o panteão dos Bragança – sim, restos mortais de reis, rainhas, príncipes e princesas, entre os quais a minha favorita de todos os tempos, a (maluca da) D. Carlota Joaquina. Quando entrarem não se assustem com a estátua de mármore que se encontra no interior, duma mulher de mãos no rosto a chorar junto dos túmulos do D. Carlos I e do seu filho D. Luís Filipe, que foram assassinados em 1908 no atentado republicano. Simboliza a tristeza do povo pelos seus mártires (tão tristes que nós ficámos, que dois anos estávamos a correr com o sucessor).
Por fim, no mosteiro podem também ver uma exposição sobre as Fábulas de La Fontaine, em painéis de azulejo acompanhados com a fábula respetiva. Muito gira, e sempre se aprendem umas coisas a ler fábulas (como por exemplo, se tiveres uma galinha que põe ovos de ouro não a mates, porque vais ficar sem os ovos e sem a galinha).
Ah, e há ainda uma exposição de búzios, conchas e outros bivalves. Ficarão impressionados com a quantidade e com o tamanho mínimo de algumas conchas.
A visita ao mosteiro inclui a cisterna, o claustro, altar ao Santo António, as torres da igreja (outra vista espetacular sobre Lisboa), para além de todos os aspetos que já mencionei antes. Se tiverem oportunidade é uma visita que vale bastante a pena.
E fazer de turista na nossa própria cidade é sempre tão interessante.
Links úteis:
IGESPAR
Wikipedia - Mosteiro
Wikipedia - Panteão dos Bragança
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