Vi este vídeo no blog do Pedro Ribeiro e não resisti em partilhar. O vídeo está muito engraçado, é sobre o facto do ser humano não se aperceber do quão avançada é a tecnologia que hoje temos, não agradecer constantemente os avanços de que dispomos, e ao invés ainda se queixar constantemente deles.
(Este vídeo tem pior qualidade, mas foi o que se arranjou)
Mas pergunto eu: não é precisamente essa insatisfação que leva o Homem a querer inventar mais rápido, mais leve, com mais funcionalidades? Não foi porque alguém achou que discar o zero num telefone antigo dava muito trabalho que hoje temos iPhones?
Se calhar temos mesmo que agradecer aos eternos insatisfeitos.
Sábado, e numa tentativa de apagar o negativismo da semana que passou, fomos ao cinema ver uma comédia. Decidimos-nos por As viagens de Gulliver, um filme que acompanhei durante algum tempo devido à participação de um actor da minha série de eleição, Jason Segel.
Lembro-me enquanto criança de ter assistido a uma série com o mesmo título (com Ted Danson), mas lembrava-me também da série ser bastante séria. Venha de lá então a versão comédia.
Em resumo, gostei muito. Nunca consigo ver comédias como grandes filmes, e mais uma vez provei a minha ideia. Mas gostei e recomendo.
O filme começa em Manhattan, com imagens lindíssimas de Nova Iorque e pormenores de Times Square. E pronto, o meu coração já estava rendido. Acrescente-se a isto uma história boa, contada com muito humor, com referências pop actuais, com um par romântico pouco improvável. Risota garantida, não muito recomendável quando ainda dói o peito de um certo acidente de carro.
Jack Black, no papel de Lemuel Gulliver, apresenta-se no seu melhor como o "homem do correio" de um jornal, sem grandes perspectivas de carreira, e com uma paixoneta pela bela Darcy Silverman (Amanda Peet - adoro esta senhora), a menina da secção de viagens. Toda a gente (?) sabe que Gulliver vai parar a uma terra de gente pequenina e que mais tarde vai parar a uma terra de gente muito grande. Adorei a forma como construíram essas diferenças. E claro, de destacar a amizade que Gulliver faz com o liliputiano Horatio (Jason Segel), numa dinâmica improvável entre um homem e outro que é do tamanho do seu dedo indicador (ou menos, não sei bem).
É um filme classificado com uns míseros 4,7/10 no IMDb, mas que ainda assim recomendo. Não vão à espera do melhor filme da vossa vida, mas podem de certeza esperar boa disposição.
Uma vez que o meu carro foi, digamos, para um sítio melhor, onde as almas dos carros descansam em paz, no domingo lá fomos de comboio para os Carriços para comemorar os 86 anos da Avó Floripes. E por fomos eu quero dizer eu, a minha mãe, a minha Tia Ana e a minha Prima Cristina. E não é que o dia ficava ganho só com as viagens de comboio? Diversão pura, risota total.
Chegadas ao destino, ver a alegria da Avó ao reunir a família (claro que é difícil juntar todos, mas ainda assim conseguimos ser muitos desta vez) é em si mesmo um presente. Foi um dia passado em família, muito bem passado, por sinal. É sempre bom estar com os nossos, principalmente se o fazemos para celebrar coisas boas.
Não vale a pena estar com descrições exaustivas, mas em resumo, ontem de manhã quando me dirijia para uma reunião, pelo caminho que faço todos os dias, numa descida algo íngreme, estreita e com curvas, e enquanto chovia, perdi o controlo do carro e fui embater de frente com um autocarro da Rodoviária de Lisboa.
No fundo o meu carro quis comemorar o Dia dos Namorados com a camioneta.
O meu carro ficou inutilizado, com a frente bem destruída. Lá dentro ainda se partiram algumas coisas, nomeadamente a tampa dos fusíveis que parti com a minha canela.
Confesso que na minha memória o carro tinha ficado mais desfeito.
Ontem foi um dia de primeiros: primeiro acidente, primeira vez que andei de ambulância, primeira vez que soprei no balão (que deu 0.00, claro).
Felizmente, e porque de facto acordei, como se diz, com o traseiro virado para a lua, saí deste acidente apenas com um hematoma na perna. Sem ossos partidos, sem lesões internas. Apenas com dores pelo corpo todo (principalmente na zona do cinto de segurança e no pescoço).
É importante realçar alguns aspectos:
toda a assistência dos familiares e amigos, que acorreram ao local do acidente, que foram comigo na ambulância, que estiveram comigo no hospital e que ligaram ou escreveram para saber como estava;
dos outros automobilistas e dos moradores do local que foram muito simpáticos, que me ajudaram a sair do carro (a minha porta não abria), a pôr o triângulo, a acalmar, em suma, que ajudaram uma estranha só porque era preciso;
do bombeiro de Caneças (que infelizmente não sei o nome) que passou lá por acaso e que parou só para ver no que podia ajudar, que me ficou a segurar o pescoço até ser rendido pelos bombeiros que me levaram ao hospital, mesmo tendo doentes dentro da ambulância que transportava (era daquelas que transportam pessoas para consultas e assim);
dos bombeiros de Odivelas que foram muito atenciosos (sei que o socorrista era o Sr. João Carlos Bernardino, mas nem sei dizer quantos eram os outros) e que foram inexcedíveis nos esforços que evidaram para que tudo corresse bem.
Ok, o aparato é protocolo, mas até tem a sua graça.
No final das contas tive uma sorte descomunal. Perdeu-se o carro dos meus tios mas foi só isso. Perdeu-se o menos importante.
Apanhei um susto daqueles valentes. Tenho aqueles segundos do impacto bem presentes na memória, o pânico que é a inevitabilidade do choque, em que só pensei "espero que não doa muito", do momento do impacto que é igualzinho ao que vemos nos filmes, uma imagem completamente tremida e desgovernada, em que é difícil de focar a atenção em alguma coisa, e o instante em que percebi que respirava e que me estava a mexer sem problemas.
É um turbilhão de emoções que felizmente só serve para contar aos netos daqui a muitos anos.
… fica aqui uma GRANDE balada romântica. E não, não me converti, continuo a dizer que um dia por ano é pouco.
I guess this time you're really leaving
I heard your suitcase say goodbye
And as my broken heart lies bleeding
You say true love in suicide
You say you're cried a thousand rivers
And now you're swimming for the shore
You left me drowning in my tears
And you won't save me anymore
Now I'm praying to God
You'll give me one more chance, girl
I'll be there for you
These five words I swear to you
When you breathe I want to be the air for you
I'll be there for you
I'd live and I'd die for you
Steal the sun from the sky for you
Words can't say what a love can do
I'll be there for you
I know you know we're had some good times
How they have their own hiding place
I can promise you tomorrow
But I can't buy back yesterday
And baby you know my hands are dirty
But I wanted to be your valentine
I'll be the water when you get thirsty, baby
When you get drink, I'll be the wine
I'll be there for you
These five words I swear to you
When you breathe I want to be the air for you
I'll be there for you
I'd live and I'd die for you
Steal the sun from the sky for you
Words can't say what a love can do
I'll be there for you
And I wasn't there when you were happy
I wasn't there when you were down
I didn't mean to miss your birthday, baby
I wish I'd seen you blow those candles out
I'll be there for you
These five words I swear to you
When you breathe I want to be the air for you
I'll be there for you
I'd live and I'd die for you
Steal the sun from the sky for you
Words can't say what a love can do
I'll be there for you
O Discurso do Rei não fazia parte da minha lista de filmes a ver. Ainda não tinha estreado por cá na altura e ainda não me tinha cativado o suficiente. Foram os elogios a Colin Firth, o globo de ouro, e as muitas nomeações para os Óscares que me levaram a querer vê-lo.
Em resumo, e desde já, Colin Firth merece o Óscar de melhor actor. Que não haja dúvida. Ele encarna de forma sublime o papel do filho de George V, o rei de Inglaterra que morreu às portas da II Guerra Mundial, e que sendo o segundo filho não era por isso o herdeiro ao trono. Numa época muito pouco amiga de diferenças, este Duque de York era gago, o que piorava muito em situações de stress. Um atributo que pode complicar a vida de um príncipe ou de um futuro rei, especialmente numa era em que os discursos reais começam a ser transmitidos pela rádio.
Depois de tentar muitos terapeutas, e de dar uma grande barraca em público (entenda-se por público um estádio cheio e um microfone da rádio à sua frente e por barraca um silêncio assustador), a sua mulher Elizabeth (Helena Bonham Carter, sim, a mesma de Alice no País das Maravilhas, Harry Potter, a Noiva Cadáver ou Charlie e a Fábrica de Chocolate) leva-o a um terapeuta da fala, conhecido pelo seu sucesso e pelos seus métodos pouco ortodoxos, Lionel Logue (Geoffrey Rush).
O filme roda à volta da ascenção de um rei, da amizade entre homens muito diferentes, e da capacidade que cada um de nós temos para nos superamos.
É um filme a ver (8,5/10 no IMDb), com prestações individuais fenomenais, mas para dizer a verdade não foi um filme que me arrebatou. Gostei, mas não me deslumbrou. O argumento é bom, o elenco é muito bom, mas penso que os tempos não são os melhores. Confesso que ainda soltei uns bocejos lá pelo meio, cortados por alguns momentos de pura risota. Falhou ali algo, provavelmente o que lhes vais custar o Óscar de Melhor Filme.
Ainda assim vale muito a pena ver. Fica o trailer para quem ainda não foi.
Algumas curiosidades:
Helena Bonham Carter já tinha feito parte da realeza britânica ao interpretar Anne Boleyn, no telefilme Henry VIII, em 2003.
O autor do filme pediu autorização à Rainha Mãe (mulher de George VI) para fazer o filme quando descobriu que o rei havia sido gago. Ela autorizou, mas pediu que o filme fosse apenas feito depois da sua morte, uma vez que as recordações eram algo dolorosas. Obviamente essa vontade foi respeitada.
Não gosto de "Dias de". Já escrevi isso aqui, e aqui, e provavelmente em mais sítios (tive preguiça de procurar). Pronto, o que é que querem, chateia-me o só porque sim. Pior, chateia que um dia para celebrar o amor pela mãe, pelo pai, pelo namorado, etc, se transforme no dia de oferecer prendas. Não é esse o espírito que vejo na coisa, por isso prefiro não me meter nisso. Podia dar-me para pior, né?
Agora, o meu coraçãozinho tremeu quando vi a melhor publicidade (segunda melhor, ok, a melhor está aqui) ao Dia dos Namorados. Então não é que:
(como não se percebe bem, numa pizza média com 5 ingredientes só se paga a base, eheh)
Viva os senhores da Telepizza, e o resto é conversa!
É uma tarefa que se avizinha complicada, muito trabalhosa (que na verdade já começou há algumas semanas) mas muito interessante também. É o que espero.
Nunca fui magra. Lembro-me de ter sido sempre, no mínimo, "cheinha". A verdade é que uma pessoa se habitua a ser assim, habitua-se a ver aquela imagem no espelho.
Quando tive que parar de fazer karate comecei a sentir muita diferença. Mais perra, com muito menos resistência e energia e com um aumento de peso brutal. O que vou escrever custa um bocadinho, mas a verdade é que quando entrei no ginásio em Abril do ano passado pesava 62 quilos (shame…).
A recuperação correu bem, mas teve dois grades problemas:
quando chegaram as férias do Verão fiz uma pausa no treino e depois nunca mais consegui ganhar ritmo outra vez;
era tãaaaaaao difícil não comer doces.
Mas ano novo, vida nova. Não sou muito fã de resoluções de ano novo, mas achei que estava chegada a altura de mudar de rumo. Tenho 26 anos, e se não fizer agora alterações no meu estilo de vida temo que seja muito difícil fazê-las depois, ou pelo menos que tenham grande efeito. E a verdade é que no dia dos meus anos pesava outra vez 62kg…
Desde o dia 3 de Janeiro que comecei todo um novo plano. Aproveitando o iCal, todos os dias registo as coisas boas e más do dia (já explico), e quartas-feiras é dia de pesar e medir o IMC.
TREINO
A primeira coisa foi impôr hábitos de treino. Não quis ir com muita sede ao pote, por isso decidi treinar 3 vezes por semana (terça-feira - total condicionamento, quarta-feira - GAP e sexta-feira cardio e musculação). Esta é a "coisa boa" que registo no meu calendário. Tenho cumprido sempre, menos na semana que estive doente.
ALIMENTAÇÃO
Como saberão sou vegetariana. Na verdade os meus problemas com alimentação são muito fáceis de identificar: doces, saltar algumas refeições e fast-food.
Quanto aos doces, desde este post que tenho comido muito menos doces, e já raramente tenho aquelas vontades loucas de só comer doces o resto da vida. E agora tenho andado a comê-los uma vez por semana, duas no máximo.
Quanto a fast-food, o que eu tenho registado são as vezes que como batatas fritas e pizzas. Já sabem a minha opinião sobre pizzas - eu acho que é uma comida saudável, dependendo do que se põe nelas. Ora, eu só como legumes, então o problema pode ser a quantidade de massa. Enfim… Como toda a gente me chateia por eu comer pizzas de mais, também as registo no calendário. Desde o dia 3 de Janeiro comi 5 vezes pizza, o que dá menos de uma por semana (e uma das vezes foi daquelas miniaturas do IKEA). Já batatas fritas comi apenas duas vezes (e uma vez assadas, são a minha nova descoberta, muito boas e sem gordura).
Posto isto, acho que estou no bom caminho. Reparem que não me proíbo de comer nada. Comi sempre que me apeteceu ou que se proporcionou. Mas a verdade é que a ideia é mudar de hábitos, comer outras coisas, desabituar o corpo de comida que não lhe faz bem.
Portanto o que tenho feito são aqueles clichés todos: 5 ou 6 refeições por dia (onde tenho insistido em cereais com fibras, para manter tudo a funcionar bem), beber água ao longo do dia (agora tem sido mais chás), evitar fritos e comer porções adequadas. De resto, convenhamos, o que eu como são principalmente frutas e legumes…
RESULTADO
Hoje fui-me pesar e peso 58,1 Kg (menos 4 que no início do ano) e a melhor parte é que já atingi o IMC normal - na verdade foi isto que motivou o meu post de hoje - 24,8.
AINDA FALTA…
Ainda faltam algumas coisas. Falta melhorar a forma física (por isso, é continuar o treino). Quero chegar pelo menos aos 55 kg, que penso que é um bom peso para mim (ficaria com IMC 23,5 - o normal é entre 18,5 e 24,9). E por fim (e talvez mais importante), quero diminuir a minha percentagem de massa gorda. Medi na semana passada na farmácia e estavam nuns vergonhosos 29% (shame again…). Este é que é o grande objectivo do momento, queria tentar pelo menos ficar nos 20%.
E bem, post muito longo. Perguntam vocês, mas o que é que isso me interessa? Se calhar nada. Mas como já tinha dito uma vez, cada um convence-se como pode!
(Ah, nada de gozar, sim? Que isto de vir para aqui revelar as minhas conversas com a minha balança não é fácil!)
Eu não sou a maior fã do mundo da Pizza Hut. Na verdade acho as pizzas um bocadinho engorduradas de mais. Mas no sábado antes do cinema lá fomos "matar" uma vontade louca de comer pizza que tínhamos e foi quando descobri uma bonita novidade.
Pois é, na lista de entradas há agora uma novidade: os Jalapeños Cheddar (acho que era este o nome, não consigo confirmar). Resumindo, adoro jalapenõs com queijo, é um snack delicioso, que agora pode "engordar" ainda mais a vossa ementa nesta pizzaria.
Em pormenor, jalapeños são uma espécie de malaguetas verdes, picantes, muito utilizados na comida mexicana. Este snack tem então os jalapeños com queijo cremoso, tudo panado e frito.
O melhor desta combinação é sem dúvida o facto do picante do pimento contrastar com o sabor do queijo, criando uma combinação perfeita de sabores.
Não aparece no site deles em lado nenhum (na verdade o site está um bocadinho paradito no tempo =/ ), mas mesmo eles não fazendo nenhuma publicidade aqui venho eu recomendá-los. Como eles não têm imagens, achei esta imagem no Google, duma publicidade a Jalapeños para perceberem a ideia.
Ontem fui ver o Black Swan ao cinema. Era um filme que estava com muita curiosidade em ver (como já tinha dito aqui). Fui sem ter visto nenhum trailer, fui sem saber ao certo como era a história. A única coisa que tinha lido foi uma pequena sinopse.
Logo à partida, prometia muito. Natalie Portman (gira que doi) ganhou o Globo de Ouro para melhor actriz por isso adivinhava-se uma excelente prestação da sua parte. E como percebi o prémio que lhe foi atribuído.
Antes de mais: que filmaço! Excelente! Muito bom, mesmo! Depois, Natalie Portman, muito, muito boa.
Sem querer ser muito spoiler, o filme é muito desconcertante. Fala sobre uma bailarina que leva ao extremo a vontade de ser perfeita e de brilhar no mundo do bailado. O grande desafio começa quando a bailarina-estrela da companhia, Beth (Winona Ryder) se reforma, e Nina (Natalie Portman) é escolhida para estrela de uma nova interpretação do "Lago dos Cisnes". Nina terá que fazer ambos os papéis da menina enfeitiçada e transformada num cisne, e da gémea má (o cisne negro), que impede que o verdadeiro amor de um príncipe quebre o feitiço.
Nina revela-se mentalmente perturbada, com uma mãe muito estranha (controladora e bailarina frustada) e uma colega de companhia, Lily (Mila Kunis), que parecendo querer roubar o seu lugar na verdade a ajuda a soltar-se e a mostrar o seu lado de Cisne Negro. Por falar em Mila Kunis, adorei estra actriz. Para além de muito bonita e de estar numas cenas no mínimo interessantes com Natalie Portman, interpreta com grande nível a sua personagem. Não tinha ideia de a ter visto anteriormente, e em pesquisa descobri algumas coisas muito interessantes:
é a voz de Meg Griffin, na série de animação Family Guy, desde 1999;
fez participações em várias séries de televisão, nomeadamente no Walker, o Ranger do Texas ou em Marés Vivas.
Sobre a Natalie Portaman, de dizer que treinou muito fisicamente para estar preparada para o papel, perdeu cerca de 10 quilos e teve aulas de ballet. Na verdade, apesar de ter um duplo para os passos mais complexos, muitas das cenas de dança que vimos são efectivamente representadas por ela. Durante as filmagens partiu uma costela (durante um movimento de elevação) mas fez a sua recuperação durante as filmagens (a elevação passou a ser feita pelas axilas).
É um filme altamente recomendável (8,6/10 no IMDb). A sério, a não perder! Não é um filme fácil nem leve, é, pelo contrário, psicologicamente muito intenso, e por isso mesmo muito cativante. Fica o trailer para quem ainda não viu.
"Obrigado por ter ligado para o Júlio de Matos, a companhia mais adequada aos seus momentos de loucura.
Se é obsessivo-compulsivo, marque repetidamente o 1;
Se é co-dependente, peça a alguém que marque o 2 por si;
Se tem múltipla personalidade, marque o 3, 4, 5 e 6;
Se é paranóico, nós sabemos quem é você, o que você faz e o que quer. Aguarde em linha enquanto localizamos a sua chamada;
Se sofre de alucinações, marque o 7 nesse telefone colorido gigante que você, e só você, vê à sua direita;
Se é esquizofrénico, oiça com atenção, e uma voz interior indicará o número a marcar;
Se é depressivo, não interessa que número marque. Nada o vai tirar dessa sua lamentável situação;
Porém, se VOCÊ votou Sócrates, não há solução, desligue e espere até 2012. Aqui atendemos LOUCOS, não atendemos INGÉNUOS!
Obrigado!"
O texto não é meu. Recebi-o por e-mail.
Na verdade o conselho não é "espere até 2012". O conselho é mostrem publicamente o vosso repúdio pelas medidas impostas por este Governo, manifestem-se, não se resignem.
Ontem recebi um mail sobre coincidências. Que este é o ano em que vamos ter 4 datas pouco comuns: 1/1/11, 11/1/11, 1/11/11 e 11/11/11. Pronto, é bonito, mas a verdade é que podia haver uns 0 e uns 2 ali pelo meio que estragavam a graça toda.
Mas a parte gira (talvez pouco pensada por quem iniciou este mail) é:
Agora vão descobrir, pegue os últimos 2 dígitos do ano em que nasceu mais a idade que você vai ter este ano e será igual a 111 para todos!
ALGUEM EXPLICA O QUE EH ISSO ????
Claro que se explica, e muito bem. Para já, dizer só que no ano passado esta conta dava 110, e no ano anterior 109 e no próximo vai dar 112.
Reparem, eu sou de 1984. Quer dizer que no século passado nasci na "posição" 84. Se somar a minha idade, ou seja, os anos que passaram, vamos ter a este ano (e a este século).
2011 é a "posição" 11 deste século. Se estamos a juntar os dois séculos, é normal que este ano seja a "posição" 111 (100+11). Um bocadinho óbvio, não é? Ah, e igual para todos… E nada obscuro ou fantástico…
Mais uma vez utilizo o sábio conhecimento transmitido pelos Xutos e Pontapés para ilustrar uma situação de que tive conhecimento recentemente e que me deixou a pensar.
Uma amiga foi, infelizmente, assaltada. Entraram-lhe em casa (suponho que não estivesse lá, não estou bem a par de pormenores) e levaram-lhe alguns objectos de ouro, entre os quais as alianças de casamento, dela e do falecido marido, com mais de 60 anos. A tristeza de perder assim o símbolo de uma união, de uma vida em conjunto, de bons e maus momentos foi muito grande.
Eu percebo. Quando me mudei para a minha casa nova todos os dias quando entrava em casa a primeira coisa que fazia era olhar para a mesa do meu Mac, a ver se ainda estava no sítio ou se alguém tinha entrado em casa e mo tinha levado. Sempre pensava na tristeza que seria se ficasse privada do meu querido computador.
Ontem quando ouvi a notícia do assalto relacionei-me logo com ela por isso. Mas depois fiquei a pensar na verdadeira gravidade da situação. Podia ser muito pior se ela estivesse em casa e se lhe tivessem feito algum mal, se lhe tivessem batido ou quem sabe até pior. Como diz o povo, vão-se os anéis, mas ficam o dedos. E neste caso literalmente. E as memórias, essas ficam na mesma, com símbolo físico ou não.
Somos culturalmente criados para nos agarrarmos a coisas. Mesmo pessoas pouco ou nada materialistas facilmente se agarram a objectos, simbólicos de alturas da vida. Será mesmo esse o verdadeiro sentido da vida? Ou andamos todos com o mundo ao contrário?