domingo, 13 de fevereiro de 2011

The king´s speech


O Discurso do Rei não fazia parte da minha lista de filmes a ver. Ainda não tinha estreado por cá na altura e ainda não me tinha cativado o suficiente. Foram os elogios a Colin Firth, o globo de ouro, e as muitas nomeações para os Óscares que me levaram a querer vê-lo.

Em resumo, e desde já, Colin Firth merece o Óscar de melhor actor. Que não haja dúvida. Ele encarna de forma sublime o papel do filho de George V, o rei de Inglaterra que morreu às portas da II Guerra Mundial, e que sendo o segundo filho não era por isso o herdeiro ao trono. Numa época muito pouco amiga de diferenças, este Duque de York era gago, o que piorava muito em situações de stress. Um atributo que pode complicar a vida de um príncipe ou de um futuro rei, especialmente numa era em que os discursos reais começam a ser transmitidos pela rádio.

Depois de tentar muitos terapeutas, e de dar uma grande barraca em público (entenda-se por público um estádio cheio e um microfone da rádio à sua frente e por barraca um silêncio assustador), a sua mulher Elizabeth (Helena Bonham Carter, sim, a mesma de Alice no País das Maravilhas, Harry Potter, a Noiva Cadáver ou Charlie e a Fábrica de Chocolate) leva-o a um terapeuta da fala, conhecido pelo seu sucesso e pelos seus métodos pouco ortodoxos, Lionel Logue (Geoffrey Rush).

O filme roda à volta da ascenção de um rei, da amizade entre homens muito diferentes, e da capacidade que cada um de nós temos para nos superamos.

É um filme a ver (8,5/10 no IMDb), com prestações individuais fenomenais, mas para dizer a verdade não foi um filme que me arrebatou. Gostei, mas não me deslumbrou. O argumento é bom, o elenco é muito bom, mas penso que os tempos não são os melhores. Confesso que ainda soltei uns bocejos lá pelo meio, cortados por alguns momentos de pura risota. Falhou ali algo, provavelmente o que lhes vais custar o Óscar de Melhor Filme.

Ainda assim vale muito a pena ver. Fica o trailer para quem ainda não foi.





Algumas curiosidades:
  • Helena Bonham Carter já tinha feito parte da realeza britânica ao interpretar Anne Boleyn, no telefilme Henry VIII, em 2003.
  • O autor do filme pediu autorização à Rainha Mãe (mulher de George VI) para fazer o filme quando descobriu que o rei havia sido gago. Ela autorizou, mas pediu que o filme fosse apenas feito depois da sua morte, uma vez que as recordações eram algo dolorosas. Obviamente essa vontade foi respeitada.

2 comentários:

Formiga disse...

Vou seguir o conselho

Ana disse...

=) Sim, espero que goste!