segunda-feira, 4 de outubro de 2010

No Dia do Animal, um aniversário muito especial


Liguei a televisão agora e descobri, num golpe do acaso, que hoje o Snoopy faz 60 anos. Pode parecer uma informação perfeitamente desnecessária, mas para mim o Snoopy foi um verdadeiro companheiro durante a minha infância.

Tive a SORTE do meu pai ter aquela que me parecia a melhor profissão do mundo durante os meus primeiros anos de vida: era vendedor de material de escritório. Isto (que pode justificar a minha loucura por canetas, blocos, borrachas e afins) significava na prática que abundava material de mostruário lá em casa de tudo o que eram os bonecos animados da altura. E um dos meus favoritos foi sempre o Snoopy.

Para quem conhece pouco sobre esta personagem, aqui fica alguma informação da Wikipedia (completo aqui):

Snoopy aparece pela primeira vez numa tira de 4 de Outubro de 1950. Schulz originalmente ia chamar o cão de "Sniffy", até que descobriu que esse nome já era usado noutra banda desenhada (tirinha). Snoopy foi durante dois anos uma figura silenciosa, agindo como um cão real (caminhava sobre as quatro patas), mas, em 19 de Outubro de 1952, ele verbalizou os seus pensamentos aos leitores pela primeira vez através de balões; Snoopy tinha também a capacidade de entender tudo o que as restantes personagens dos Peanuts, com quem interagia, diziam. Schulz, após esta data, passou a incluir essas características na sua banda desenhada.
Snoopy é um cão extrovertido com complexo de Walter Mitty, com muitas virtudes. A maior parte delas não são reais, mas sonhos que fazem parte do seu mundo de fantasia, que aparecem quando Snoopy dorme no telhado da sua casota.
Muitos dos momentos memoráveis dos "Peanuts" ocorreram durante esses sonhos nos quais ele era um escritor: o seu eterno abrir da mala onde está a máquina de escrever. "Estava uma escura e tempestuosa noite..." foi tirado de uma história de Edward George Bulwer-Lytton escrita em 1830 chamada Paul Clifford. O contraste entre a existência de Snoopy no mundo dos sonhos e de Charlie Brown no mundo real é o centro do humor e da filosofia de Peanuts (ver ex: Título de um livro: "A vida é um sonho, Charlie Brown").
Schulz, numa entrevista em 1997, disse o seguinte acerca do carácter do Snoopy: "ele tem que sair do seu mundo de fantasia para sobreviver. Por outro lado, se assim fosse ele levaria uma vida miserável e aborrecida."


Muitos parabéns ao Snoopy! E também a todos os cães do mundo, especialmente aqueles que esperam um lar que os acolha.

4 comentários:

FM©Fotografia disse...

Bom, vamos lá repor ordem nisto. Vendedor de material de escritório sim, mas sem o Snoopy. Aqui vendia relógios de ponto, máquinas de escrever e calcular e computadores (ainda sou do tempo em que os computadores não tinham monitor, ainda antes do Spectrum... Não devia ter escrito isto...). A seguir sim, veio o Snoopy, a Pantera, a W. Disney, a Mafalda, os Wuzzles (incríveis, eram o máximo da confusão animal...). E foi aqui que abundou Snoopy lá em casa. Creio que só não tivemos papel higiénico... hihihihi.
Reposta a verdade histórica, vivam os animais!!!
Jinhos.

Ana disse...

Reposta a verdade.

Mas eu é que tive a sorte de ter malas, estojos, lápis, canetas, borrachas, roupa e afins de todos estes desenhos animados que enumeraste.

Mantenho: era o melhor emprego do mundo (na óptica dos filhos, claro!). =)

FM©Fotografia disse...

Só uma pequena estória:
Um belo fim de semana tive que ir ao Amoreiras para ir buscar uns mostruários novos para levar na 2ª feira para o Algarve. E vai daí levo comigo a minha filha. Chegados lá diz ela com aquele ar de para aí 4 anos "olha um porta-chaves, da Disney) igual ao meu!!!", ao que tive de ouvir "depois queixe-se de não vender por não ter mostruário..."
eheheheh.

Ana disse...

Muito bom! Sempre fui muito desbocada…