Ainda com Londres debaixo de ataques terroristas (desculpem, mas eu não tenho melhor designação), estava a ler notícias sobre a agressão ao árbitro Pedro Proença e os respectivos comentários dos leitores das notícias, e só consigo tirar uma conclusão: ESTÁ TUDO DOIDO!!!
Em Londres, londrinos atacam londrinos, ruas londrinas, edifícios londrinos, lojas londrinas. As imagens são tão desoladoras como assustadoras, e ainda assim ouço, tanto de lá como de cá, comentários de pessoas que acham bem que se revoltem contra o que eles acham que está mal (sinceramente, creio que já não haja "o" motivo). Acha-se bem que pessoas sejam agredidas, que vejam os seus pertences ser destruidos. Aceita-se de bom grado a justiça pelas próprias mãos. Uns por racismo, outros por xenofobia, outros só porque acham que corajosos são os que fazem alguma coisa.
Em Lisboa um árbitro é agredido com uma cabeçada por um adepto do meu clube (sim, não há que negá-lo), ficando com ferimentos e sem dois dentes. E os comentários nacionais são de que o senhor fez por merecer porque é um corrupto, porque é do sistema, que dois dente é pouco. Que cada um tem o que merece.
Vivemos hoje num desvario, numa falta de rumo que me assusta mais que a falta de dinheiro ou de rating. Se está tudo relacionado? Como não? As pessoas são empurradas para dentro de casa, alertadas que têm de fazer todos os sacrifícios pedidos por um bem maior que não se percebe muito bem qual é. Vêm mais duas ou três jogadas políticas pelo mundo e dizem-nos que afinal os sacrifícios não serviram de nada e temos que fazer mais. E diminui tudo o que seja para nosso benefício. E aumenta tudo o que temos de pagar ou compaticipar.
E no meio disto tudo, entre empregos que se perdem ou que nunca se tiveram, entre problemas e mais problemas, há um clique que faz despoltar ondas de ódio, de descarregar frustações que ultrapassam tudo o que é razoável. Tudo o que se espera que um ser humano seja. O respeito pelos outros já ficou há muito pelo caminho, o respeito por si próprio está a um passo de ir também.
Não há conselhos a dar, nem palavras sábias que resolverão o problema. Mas a não revermos as nossas prioridades e os nossos princípios, na volta o anúncio do fim do mundo para 2012 não era tão descabido.
Em Londres, londrinos atacam londrinos, ruas londrinas, edifícios londrinos, lojas londrinas. As imagens são tão desoladoras como assustadoras, e ainda assim ouço, tanto de lá como de cá, comentários de pessoas que acham bem que se revoltem contra o que eles acham que está mal (sinceramente, creio que já não haja "o" motivo). Acha-se bem que pessoas sejam agredidas, que vejam os seus pertences ser destruidos. Aceita-se de bom grado a justiça pelas próprias mãos. Uns por racismo, outros por xenofobia, outros só porque acham que corajosos são os que fazem alguma coisa.
Em Lisboa um árbitro é agredido com uma cabeçada por um adepto do meu clube (sim, não há que negá-lo), ficando com ferimentos e sem dois dentes. E os comentários nacionais são de que o senhor fez por merecer porque é um corrupto, porque é do sistema, que dois dente é pouco. Que cada um tem o que merece.
Hã??!!
Vivemos hoje num desvario, numa falta de rumo que me assusta mais que a falta de dinheiro ou de rating. Se está tudo relacionado? Como não? As pessoas são empurradas para dentro de casa, alertadas que têm de fazer todos os sacrifícios pedidos por um bem maior que não se percebe muito bem qual é. Vêm mais duas ou três jogadas políticas pelo mundo e dizem-nos que afinal os sacrifícios não serviram de nada e temos que fazer mais. E diminui tudo o que seja para nosso benefício. E aumenta tudo o que temos de pagar ou compaticipar.
E no meio disto tudo, entre empregos que se perdem ou que nunca se tiveram, entre problemas e mais problemas, há um clique que faz despoltar ondas de ódio, de descarregar frustações que ultrapassam tudo o que é razoável. Tudo o que se espera que um ser humano seja. O respeito pelos outros já ficou há muito pelo caminho, o respeito por si próprio está a um passo de ir também.
Não há conselhos a dar, nem palavras sábias que resolverão o problema. Mas a não revermos as nossas prioridades e os nossos princípios, na volta o anúncio do fim do mundo para 2012 não era tão descabido.
Talvez aches os pedidos meio extravagantes
Queria que pusesses juizo na cabeça destes governantes
Tira-lhe as armas e a vontade da guerra,
É que se não acabamos a pedir-te uma nova Terra
BOSS AC - CARTA PARA O PAI NATAL
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