terça-feira, 27 de novembro de 2012

No dia da aprovação...

... do pior orçamento de sempre, cito o meu camarada Miguel Tiago:

PSD e CDS aplaudem de pé. Não escondem o gozo que lhes dá aprovar este orçamento de roubo e miséria.

O bom caminho


domingo, 25 de novembro de 2012

Ainda há dias bons

Há dias bons e dias maus. Isso é um facto!

É certo que olhando há volta as desgraças multiplicam-se: todos os dias lá ouvimos uma notícia que nos deixa mais triste. Um governo que só nos prejudica (a não ser que haja algum amigo a ler este blog) e que dia após dia anuncia medidas que vão piorar a nossa qualidade de vida e que comprometem o nosso futuro. Ou as imagens de um povo vilmente atacado, crianças, idosos, homens e mulheres em geral mortos de forma absolutamente cruel.

Sim, aparentemente o mundo não nos sorri lá muito.

Mas depois há aquelas pequenas coisas do dia-a-dia, do nosso dia-a-dia, que nos dão uma satisfação tão grande, que nos fazem tão felizes, que lá se vai a Troika, o Coelho, o Gaspar e Israel à vida.

Seja aquela atividade no trabalho que é bem sucedida ou a expectativa de uma nova pela frente.

Sejam as iniciativas de sexta-feira à noite e de sábado, que a muitos poderia parecer um sacrifício, mas que nos mostram que o nosso trabalho é útil à comunidade, que ajudamos a viabilizar projetos que não só nos enchem de orgulho, como efetivamente contribuem para um mundo melhor e mais desenvolvido.

Seja aquele projeto pessoal, que queríamos muito realizar, e que no meio de todas as adversidades conseguimos levar a cabo.

Seja pelo carinho das pessoas que nos apoiam, que nos ajudam mesmo quando não pedimos, das que gostam de nós e que a cada dia agradecemos por fazerem parte da nossa vida.

Seja por aquelas coisas aparentemente insignificantes que sabem melhor que o euromilhões: a música certa na rádio, a boleia quando mais se precisa, uma gata a ronronar enroscada no nosso colo, o beijo que nos faz sonhar ou o almoço que saiu excecionalmente bom.

Sim, há uma lista de coisas que gostava de ter e fazer (há mesmo) e que não vai ser possível. Sim, há uma série de passos que gostava de dar na minha vida e que vão ter que esperar por dias melhores. Era melhor que tudo não precisasse de acontecer à custa de uma intensa luta. Mas, tanto nas pequenas como nas grandes coisas, não é desanimando nem voltando as costas que o novelo se desenrola.

Claro, eu sei, que esta não é conversa de quem equaciona se vai haver jantar na mesa amanhã. Não é. E não é conversa de quem está a ouvir bombas a cair lá fora. Também não! Mas deixem-me lá aproveitar e partilhar as coisas que me fazem, num domingo à noite, dar por concluída esta semana, apesar de longa e cheia de tumultos, e ir dormir de sorriso rasgado, ansiosa pelos dias que aí vêm.

Uma ótima semana para todos!


Imagem com link direto para a fonte.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Wreck-it Ralph



Já não ia há algum tempo ao cinema (embora tenham ficado um ou dois filmes por analisar por aqui), mas o de ontem não podia ficar sem análise.

Força Ralph, como foi batizado por este cantinho há beira mar plantado, fala do universo das máquinas de arcada, das suas personagens que, numa ótica muito Toy Story, vivem as suas próprias vidas depois de fechadas as portas do salão de jogos.
E se o Ryu e o Ken podem ir beber uns copos depois de passarem o dia inteiro à tareia um com o outro, o pobre do Ralph, que é o vilão do seu jogo, não se podia sentir pior ao ter que voltar a cada noite para a pilha de tijolos em que vive, enquanto todos os seus vizinhos vivem refastelados na cobertura. A partir daqui é tudo bom!

Uma estação central que une todos os mundos (ou uma ficha múltipla que liga todas as máquinas), personagens que se encontram para conviver, personagens que se encontram para desabafar, personagens sem-abrigo porque as suas máquinas foram levadas, o Sonic a dar instruções de segurança, mauzões, bonzinhos, personagens ludibriadas por vilões disfarçados (que bela fotografia dos dias de hoje). Neste filme há de tudo. E a lista dos jogos que marcaram as nossas infâncias e adolescências é tão grande, que só por isso é impossível não adorar.
E há ainda aquela bonita lição de amizade e dedicação, de esforço e perseverança, e de recompensa. Enfim, tudo está bem quando acaba em bem.

É uma película para toda a família, embora como em tantos outros filmes de animação, acho que os miúdos nunca conseguem aproveitar o filme ao máximo. Uma boa parte é feita para os cotas, deliciados com os heróis dos anos 80 e 90.

Vale mesmo a pena verem este filme, para mim já está no top das minhas animações favoritas. A única coisa que tenho a apontar é o facto de não estar disponível no cinema a versão original. Gosto muito das versões portuguesas, esta é mais uma muito boa, mas não nos darem a oportunidade de escolher que versão queremos ver no cinema, já acho um bocadinho demais. No IMDb está com 8,4/10, e aqui fica o trailer:

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Christmas Markets in Europe

Recebo diariamente dezenas de e-mail publicitários. Não os cancelo porque gosto de ver as novidades, mesmo sabendo que não vou comprar nada (e quem sabe, foi assim que comprei bilhetes para o La Féria com 50% de desconto).

Hoje de manhã recebi um e-mail cujo assunto era "Christmas Markets in Europe". Imediatamente viajei para Viena onde, acho que há 11 anos, vi pela primeira vez uma feira de Natal. Já vi outras, mais pequenas, menos tradicionais, enfim, nada como aquela.

Feira de Natal em Frankfurt

Assim, e mesmo sabendo que nem todos poderão usufruir da recomendação que deixo hoje (eu também não, pelo menos este ano), deixo aqui algumas dicas sobre as tradicionais feiras de Natal pela Europa. É sem dúvida uma coisa típica do centro e norte da Europa, de quem tem neve nas festas, e o paraíso para quem chega a novembro e já não pensa em mais nada a não ser encher a casa de enfeites.

O mail (que veio de um site para reserva de hotéis e hostels) destacava três possíveis circuitos:

Alemanha, Áustria, Suiça e Dinamarca

«Escolha ou não celebrar um Natal tradicional, vale a pena visitar a Europa Central nesta época do ano. Desfrute dos encantos que nos oferecem as grandes cidades durante todo o ano, assim como a iluminação das ruas, as luxuosas montras com as prendas mais originais, feiras natalícias tradicionais como as mais de 50 feiras de Berlim, o Mercado Natalício Histórico de Hamburgo, as feiras da cidade velha de Basileia ou o situado nos Jardins do Tivoli, em Copenhaga.»

França e Bélgica

«Os mercados de Natal em França ou em Bruxelas, Marché de Noël, são a desculpa perfeita para desfrutar de um merecido descanso num ambiente idílico. Não perca a feira de Natal da cidade medieval de Bruges, o mercado de Bruxelas, o popular Winter Wonderland no qual há, inclusivamente, um ringue de patinagem. E, já em França, o mercado de Estrasburgo, considerado como o mais importante do país e que se celebra desde o século XVI, ou o de Toulouse, entre outros.»

Polónia, Estónia e República Checa

«Uma das tradições mais enraizadas em muitas cidades da Europa são os Mercados de Natal. Visitá-los é conhecer a essência da tradição natalícia a partir das suas origens. Não perca os mercados de natal espalhados pelas ruas mais pitorescas de Praga, a famosa feira de Cracóvia, situada na maior praça medieval da Europa ou o tradicional mercado medieval da Praça do Município de Talin.»

Feira de Natal em Viena

Uma cidade, um circuito ou todas, este ano ou num que dê mais jeito, fica a dica para quem gosta de enfeites, luzes, música de Natal, bebidas quentes e comidas típicas. Se tiverem interesse em saber mais, ou ver as promoções que eles apresentam (não tenho comissão, é só sugestão) fica aqui o link. De qualquer forma, qualquer pesquisa simples pela internet vos dará muita informação sobre o assunto.


Fonte: Textos assinalados («»); fotos com link direto.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Uma noite em casa de Amália



Quantos de nós não gostaríamos de ter passado uma noite em casa de Amália, em particular aquela noite em que juntou vários amigos para gravar um disco com Vinicius de Moraes?

La Féria quis dar-nos esse prazer e levou a cena, no Teatro Politeama, o que terá sido a noite em que Amália, Vinicius de Moraes, Ary dos Santos, Natália Correia, Maluda, David Mourão-Ferreira, Alain Oulman e os seus músicos, sem esquecer a sua secretária, o engenheiro de som da Valentim de Carvalho e o soldado que se quis despedir da D. Amália antes de partir para Angola, se juntaram em convívio e trabalho.

O resultado não poderia ter sido melhor.

Com um elenco de luxo, o que assistimos durante aproximadamente 2 horas é ao convívio entre amigos, cantorias, declamação de poesia, copos e caldo verde, mas também partilha de preocupações e revoltas contra um regime opressor.

À música, muito pouco a acrescentar. São os fados da Amália, dispensam apresentações, na voz maravilhosa da Vanessa Silva, que nos oferece uma Amália que reconhecemos pelos trajeitos e expressões.
Aliás, como quase todos os outros. Não precisariam de nos dizer que todos saberíamos que ali estava Ary dos Santos.

Enfim, e como a vida é feita de pormenores, não é menos importante ter visto o próprio La Féria a vender programas à entrada, ou termos assistido ao espetáculo número 100, devidamente assinalado no final pelo diretor.

Um espetáculo a não perder!