quarta-feira, 27 de março de 2013

Ao lado uns dos outros

Quem ganha mais?



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Como dizia alguém, o mote é dividir para reinar. E nós deixamos? O Governo faz-nos querer que os males do mundo são todos da responsabilidade dos funcionários públicos. Mas são?

O funcionário comum (excluindo juízes, médicos e o somatório de "boys" renovados a cada quatro anos) não é o inimigo. Aliás, enquanto for encarado como tal sairemos sempre todos a perder. Porque cada perda de direitos na função pública representa uma antevisão do que vai acontecer no privado (veja-se o que aconteceu com os subsídios, por exemplo).
Se existem problemas na função pública e no aparelho de Estado? SIM! Mas a solução não está em despedir funcionários públicos porque são todos uns calões muito bem pagos. Para chegar à solução é preciso identificar o problema, e o problema está na forma como está montada a máquina, nos objetivos, nos oportunismos e na corrupção. Há muito trabalho para ser feito na função pública, assim haja vontade política e boa organização.

Mas nada como atentar nas palavras sábias desse grande comentador político que é Ricardo Araújo Pereira, numa carta aos desempregados, a já famosa "Carta aos 19%":


Não estás sozinho. O governo prepara-se para propor rescisões amigáveis a milhares de funcionários públicos. Vais ter companhia. Segundo o primeiro-ministro, as rescisões não são despedimentos, são janelas de oportunidade. O melhor é agasalhares-te bem, porque o governo tem aberto tantas janelas de oportunidade que se torna difícil evitar as correntes de ar de oportunidade. Há quem sinta a tentação de se abeirar de uma destas janelas de oportunidade e de se atirar cá para baixo. É mal pensado. Temos uma dívida enorme para pagar, e a melhor maneira de conseguir pagá-la é impedir que um quinto dos trabalhadores possa produzir. Aceita a tua função neste processo e não esperneies.

Artigo completo aqui

Enquanto não soubermos onde está o inimigo, quem ganha é ele.



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