Há pessoas que são grandes

Não posso deixar de agradecer ao meu amigo Bruno Martins o facto de me ter convidado para assistir a uma actuação da sua banda (vá lá pessoal, arranjem um nome que eu quero criar o grupo de fãs). É sempre um prazer ouvi-los, e nunca é de mais dizer que, apesar do Bruno cantar bem e com alma, apesar dos talentos musicais do Marco serem inquestionáveis, o meu coração sorri cada vez que ouço a Andrea cantar.

Bem, mas mais do que por isso, eu terei sempre que agradecer ao meu amigo Bruno Martins por me ter proporcionado a oportunidade de ouvir o SENHOR Paulo de Carvalho a falar.

Cresci a ouvir Paulo de Carvalho, como cresci a ouvir o Zeca Afonso, o Adriano Correia de Oliveira, José Mário Branco, Sérgio Godinho. Aprendi a ouvir aquilo que na minha cabeça apelidava de música da luta e aprendi a gostar dela. Não tenho qualquer dúvida que ouvir o Paulo de Carvalho a cantar é uma experiência muito agradável, pelas músicas, pela mensagem das letras, pela voz maravilhosa que tem. Mas nunca pensei que ouvir o homem a falar, a contar as suas aventuras de criança, as malandrices de moço, a sua impressão sobre a utilização de "E depois do adeus" no 25 de Abril. Gostei de o ver com ar paternalista dizer "estiveram muito bem" e com um certo tom malandro, "mas enganaram-se numa palavra, ah, foi de propósito? então muito bem".

Por esta oportunidade, muito obrigado.