terça-feira, 21 de setembro de 2010

I just call to say… life sucks!

Esta semana tinha tudo para ser a melhor semana do ano.

Para começar, best weekend ever! Sem mais comentários.

Segunda-feira, season premiere da série How I Met Your Mother, que aguardava impacientemente há já vários meses (BTW, it was awesome!!!).

Quinta feira, passeio com os reformados da minha freguesia ao Buddah Eden - Jardim da Paz, no Bombarral.

Ainda no dia 23, pelas 23h30, iniciativa de lançamento do livro da Caderneta de Cromos na FNAC do Colombo.

E para sábado, visita às Fundações Romanas.

Seria perfeito. E eis que vem a vida, qual cordel que prende um balão de hélio ao braço de uma criança, e nos puxa os pés só para nos lembrar que essa coisa da felicidade é apenas um devaneio de cinema.

Segunda-feira de manhã recebi a chamada que mais temi durante os últimos dias, informando-me que a minha querida cadela Pituxa não resistiu à infecção gigante que desenvolveu no útero. Não consigo deixar de pensar que não a fui visitar no fim-de-semana, que morreu sozinha e sem os carinhos da sua família.

Para consolar, fica o sentimento que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para a curar.

Para recordar, ficam os momentos bons. O dia em que chegou a nossa casa, presa por um cordel e anunciada como "levo mais um para almoçar". A epopeia de lhe atribuir o nome. As horas infinitas de brincadeira. As crises inexplicáveis e a corrida aos mais variados médicos. Os sapatos e outros objectos queridos roídos. As festinhas na barriga e a resposta com autênticos banhos de beijos. As corridinhas malucas. A cabeça de lado em resposta a um tão simples mas eficaz "vamos à rua". O dia em que, na terra, se encheu de lama a tentar entrar na barragem. A escapadinha de Natal e a filha que nos deixou.

Morreu velhinha. Mas uma velhice que não chegou a completar 15 anos, e que a nós humanos, que vivemos dezenas e dezenas de anos a ver a vida passar, nos vão sempre saber a pouco.

Só espero que, se houver de facto um sítio para onde vão os cães que nos deixam, tenham por lá muitos biscoitos daqueles que tanto gostas. E umas mantinhas fofinhas.



Pituxa
Outubro de 1995 - Setembro de 2010

4 comentários:

Carla disse...

Lamento ana... é sempre muito triste perdermos um ente querido, ficamos sempre mais pobres e privados de bons momentos Mas ficam as lembranças boas, as brincadeiras os carinhos e lambidelas partilhados... um beijinho grande

Bruno Martins disse...

Partiu com o vosso Amor dentro dela. É isso que é importante. Foi feliz enquanto cá esteve. E vocês tb.
Agora não sofre mais. Eu sei que custa. Todos os dias vejo a Tucha em alguma coisa... Mas o meu amor por ela fez-me compreender que prefiro que ela parta e não sofra, do que ficar entre nós e estar a sofrer...
Qto ao fds... vai-se repetir eternamente.

bjs
BM

Magias disse...

Depois da partida de um ser querido
fica a saudade e o vazio, as memórias dos momentos vividos e o medo do que se não se fez!
Esquece tudo o resto e deixa as recordações fluírem, ela foi feliz, fez-te feliz, recorda-a como tal.
Beijinho e xia grande Ana.

Ana disse...

Obrigada a todos. Este carinho dos amigos ajuda muito nestas alturas!

Beijos para os três.