domingo, 20 de junho de 2010

José Saramago


A primeira vez que fiquei completamente overwhelmed com o final de um livro, a primeira vez que ler as linhas finais de uma história provocaram em mim uma sensação quase orgásmica foi quando li o final de Memorial do Convento. Memorial do Convento foi o meu livro preferido durante muito tempo, até que li outro livro que me provocou esta sensação ao cubo. Mais uma obra de Saramago, desta vez o Ensaio sobre a Cegueira.

Recebi a notícia da sua morte no carro, e confesso que me custou a acreditar. Apesar da sua idade avançada, do seu debilitado estado de saúde, morria o meu escritor favorito, do qual apenas li três obras até ao momento, mas do qual tenho uma longa lista ainda para conhecer.

Com todas as suas qualidades e defeitos, morreu um génio, um revolucionário. Saramago não se conformava, reclamava, apontava, criticava. Ensinou todos quantos o liam a pensar, a desenvolver uma consciência crítica.

Por isso tudo, este não deixa de ser um momento difícil.

Um adeus ao homem. Porque o verdadeiro Saramago ficará sempre entre nós, assim queiramos perpetuar a sua obra.

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